26 junho 2008

Pro dia nascer feliz

Dia desses estava assistindo o programa da MTV - que esmiúça o contexto de álbuns emblemáticos álbuns do pop rock brasileiro, além de trazer depoimentos das bandas sobre a composição das faixas e o processo de gravação. Naquele dia especificamente o disco escolhido era Menor Abandonado do Barão Vermelho.

É claro que gosto daquele som, ele fez parte da minha adolescência. Cazuza com a aquela voz agradável e jeito nada convencional, deu uma bela contribuição quando se juntou ao Frejat e gravou músicas maravilhosas.

Sim, eu gostava do Cazuza, mais das músicas do que do artista. Fazia uma música esquisita. Era uma composição muito própria, muito pessoal, muito desobediente. Apenas ele conseguia declarar que “confundo suas coxas com as de outras moças, te mostro toda dor”, e a gente gostar do que ouvia.

Nos anos 80 eu era pequena, é verdade, mas passava o tempo pensando no que ainda iria viver quando estivesse adulta. E acho que o Cazuza (mesmo Exagerado) se eternizou por isso: ele conseguiu traduzir em música aquilo que ainda a gente ia viver. Um autêntico visionário.

Nenhum comentário: