29 setembro 2008

Programas de final de semana

Sexta: saidinha básica para matar a sede semanal de vadiagem.

Sábado: ida no salão imobiliário. A caminho de um sonho (parece nome de filme).

Domingo: almoço com os Desgraçadinhos (Bruno e Má), filmes e amores.
Eita dia bom de fica na cama. Ó-te-mo.

Notícia boa e notícia ruim

E o Timão arrasa na segundona. Mais uma vitória.
"Não pára, não pára, não pára..."

E os Porcos Palmeirenses são líderes.

É, alegria de pobre dura pouco....

26 setembro 2008

Pela Janela

Moro num bairro de gente idosa e alternativa. E quando não tenho nada pra fazer, fico bisbilhotando na janela que tem uma vista ótima. No prédio em frente, um prédio amarelo, velho e sem elevador, há um rodízio de vizinhos que é uma loucura.

No último andar tem um casal de homossexuais que amam dar festinhas na madrugada em pleno meio da semana. O povo que freqüenta é bem doidão (nenhum preconceito, que fique bem claro), roupas coloridas, cabelos desgrenhados, amores loucos e bebidas a mil. O que é mais engraçado é que cada convidado que chega tem que dar um grito para ser atendido. É o prédio não tem interfone. Vizinhos dos alternativos mora um casal que ama gatos, já vi uns cinco no apartamento deles, assim como vejo sempre a moça faxinando no sábado, ela deixa todos os pufs e cadeiras na varanda e os gatos fazem a festa.

No andar do meio vejo sempre dois velhinhos negros, eles quase não abrem as janelas e quando aparecem estão sempre bem agasalhados com gorros e cachecóis, a casa deles é bem escura, um tanto sinistro.

Ainda no andar do meio, quando mudei prá lá havia uma garota que morava sozinha, ela ficava direto no laptop e tinha aulas de esgrima na sala do apê. Era bem legal. Pena que ela se mudou e vieram uns “chinas”. Rá. Esses são toscos: a mulher tem um filho lindo que vive grudado nas pernas dela. O pai é o pior motorista que eu já vi. Dia desses, eu e o Queridinho ficamos cerca de 15 minutos vendo ele estacionar. A vaga era grande e por mais que manobrasse, esterçasse, ele simplesmente não saía do lugar. Acabou deixando o cara na rua mesmo, acho que ficou injuriado. Deu uma vontade louca de bater palmas.

Vizinha ao prédio amarelo tem uma casa velha que mais parece cenário de filme de terror, e a moradora faz jus a minha imagem da casa. A véia é feia, gorda e muito branca. Tem um cabelo desgrenhado e usa umas roupas minúsculas e coladas (talvez fossem do tempo que era magra...). Em dias de frio ela fica empacotada com um penhoar de matelassê. Em dias de calor fica só de calcinha com a janela aberta sem se importar. Uma visão do inferno.

Nada mais relaxante que olhar a vida dos outros.

25 setembro 2008

Da série: pra refletir

"O sofrimento é o intervalo entre duas felicidades."
Vinícius de Moraes

24 setembro 2008

Doação de livros

Os livros estão espalhados por todos os cômodos da casa de Deusa Maria dos Santos. Quem olha o local, ainda sem acabamento, não imagina que ele abriga uma biblioteca comunitária com quase 3 mil livros doados comprados em sebos.

Mãe de quatro filhos, Deusa é lavadeira, faxineira e catadora de latas, e mesmo assim encontra tempo para se dedicar à organização do local. Depois que começou a ler, passou a enxergar novos horizontes e sonha em ter espaço para recreação para as crianças e os adolescentes que vão até sua casa em busca de leitura.

Doações podem ser enviadas para Rua A n° 41 – Areião – CEP: 11443-000 – Guarujá/SP.


Texto da Revista Nova Escola - edição setembro/2008.

23 setembro 2008

Socorro

  • Pai esquarteja filhos pequenos, queima e põe os pedaços dos corpos em sacos de lixo porque eles davam trabalho para a madrasta.
  • Mãe se apaixona por sogro e eles decidem esquartejar a filha/neta e colocar os pedaços do corpo em uma mala vermelha e jogá-la no rio.
  • Pai mantém filha em cativeiro durante 24 anos, a estupra e tem um monte de filhos com ela sem que ninguém saiba.
  • Pai joga filha do 6° andar pela janela porque a madrasta tinha ciúmes da menina.
  • Mulher adota menina e a tortura diariamente com a ajuda da empregada. O motivo dos maus tratos: ela sofreu na infância.
  • Babá espeta bebê de 2 anos com palito de madeira e a espanca diariamente.
  • Dois meninos tem uma vida infernal por causa do irmão mais velho que os espancam com fios, cabos, cordas, cintos e até panelas, são obrigados a trabalhar até na madrugada e não podem sair de casa nem para ir à escola.
  • Pedofilia vira moda e sargentos, engenheiros, brasileiros, mexicanos e mais um bando de nojentos resolvem aderir.

Ao que tudo indica estamos em processo do fim do mundo.

22 setembro 2008

Renato Piaba

Dia desses estávamos na casa de amigos de longa data e depois de se empanturrar de feijoada, fomos assistir o DVD do Dr. Piaba. O coitado do estômago que já tava judiado ficou uma lástima com a quantidade de gargalhadas que dei, chorei de rir, tive crises e tudo mais o que tinha direito.

Quem não conhece Renato Piaba tá perdendo tempo, ele é um humorista baiano que abandonou a carreira de professor de educação física para atuar em espetáculos humoristas e individuais. O diferencial está aí, mesmo sozinho no palco, Piaba faz caras e bocas e conta situações engraçadas de maneira hilária. Nesse DVD, no qual consultas médicas é o tema central, ele destaca os exames de próstata, ginecológicos e espermograma, alvos das piadas. Além dessa rotina, apresenta ao público uma máquina inovadora a Sexy Machine.

Realmente o cara é conhecido mais pelo nordeste, embora tenha feito uma temporada em Sampa no Teatro Bibi Ferreira recentemente. Porém está no quadro Quem Chega Lá do Programa do Faustão e conseguiu chegar a finalíssima. Pra saber mais: http://www.renatopiaba.com.br/

18 setembro 2008

Um livro para sempre – Pollyana

Navegando em alguns blogs amigos me deparei com um texto sobre o livro Pollyana, personagem do livro homônimo de Eleanor H. Porter, escrito em 1913. Na época, o livro era passado de mães para filhas, uma espécie de "tesouro literário do sexo feminino".

Posso dizer que "Pollyanna" foi um dos livros que me marcou profundamente. O li quando tinha uns onze ou treze anos aproximadamente e foi indicado por um amor adolescente (não que ele era adolescente, mas era um amor). Pollyana era uma pequena sonhadora e adora brincar de contente. O fato é que Pollyana é uma órfã de 11 anos que vai morar com a tia angustiada. Aos poucos a tia e todos do vilarejo se tornam pessoas amáveis e melhores depois que conhecem a garota, uma otimista que não aceita desculpas para a infelicidade e emprenha-se de corpo e alma em ensinar às pessoas o caminho de superar a tristeza.

Quem não conhece pode achar o livro piegas e bobo, mas a doçura com que a autora construiu a personagem fez com que a história de Pollyana fosse muito mais que um drama. A menina não é boba, não é inocente além da conta, não sofre de autopiedade e não é, nem de longe, o modelo perfeito de criança. Ao contrário, é espevitada, curiosa, atrevida, espirituosa e determinada. Teima quando acha que está certa e tenta fazer tudo que está ao seu alcance para que as coisas saiam da forma que ela quer. Mas, apesar disso, é sempre doce e amável com todos e seu jeito espontâneo é o que acaba cativando todos.

O grande desafio do Jogo do Contente é encontrar a felicidade em todos os momentos, mesmo nas pequenas coisas e ainda quando parece não existir motivo nenhum para ser feliz. Não é o otimismo utópico, não é aquele sentimento que a velha máxima encerra, "no final tudo dá certo", não é uma fuga da realidade; é uma nova forma de enxergar o mundo e o que acontece nele, procurando focar no melhor de cada coisa e de cada ser.

O otimismo em mim é presente, não com a intensidade de quando era uma adolescente. Assim como a pessoa que me inspirou a escrever esse texto, eu tenho o "pelo menos" como lema e quem sabe, como consolo.

Nessa viagem ao passado, lembrei da série O Vagalume, na qual devorei a maioria dos livros. Todos me trouxeram emoções, mesmo que eu não as entendesse, a verdade é que adoraria relê-los.

Para quem quiser ler o livro da Pollyana, ele está disponível gratuitamente na net AQUI.
http://www.4shared.com/file/62066410/b433a93a/Eleanor_H_Porter_-_Pollyanna_a_Pequena_rfrev.html

Uma curiosidade: no Brasil o livro foi traduzido por Monteiro Lobato


Inspirado no texto da Lorena: http://stlittlegirl.blogspot.com/

Paraolimpíadas

Coisa bonita de se ver, não é minha gente?!
Para você que não tem nenhuma deficiência, talvez a competição não tenha tanta importância, assim como para a mídia em geral. Já para quem é um deficiente o esporte tem contribuído pra aumentar a auto-estima, prevenir contra enfermidades decorrentes à deficiência, além de melhorar a qualidade de vida.

Para os interessados, a TV Cultura deu um show na cobertura dos jogos paraolímpicos, na transmissão das competições e nas reportagens que mostraram um pouco da vida dos atletas, desde os treinos preparatórios até as conquista em Pequim. Agora por que a mídia em geral não destacou o evento? Quem foram os patrocinadores? Ora vejam: esse é um evento para uma minoria e não é recheado de beldades.

As belíssimas conquistas ajudaram a elevar o Brasil no quadro de medalhas, terminando a competição em nono lugar. Um feito espetacular.

Quem possui deficiência tem por direito ser tratado como igual e como capaz de viver dignamente. As histórias de luta e superação podem ser confundidas ao término dos Jogos de Pequim. Mas na biografia dos atletas paraolímpicos os momentos de vitórias ainda se misturam às quebras de paradigmas sociais e preconceito e a inclusão social.

17 setembro 2008

Da série: pra refletir

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa.

16 setembro 2008

Além da aparência

João Gordo
Autêntico, debochado, desbocado, um culto ao palavrão verdade. Esse é o João Gordo.
Acho ótima a sua postura atual, deixou de ser tão punk, tão gordo, mais saudável, tá mais maleável. Eu gosto demais dele porque ele é verdadeiro, não é hipócrita, é inteligente e é um conversador escrachado.

Marcos Mion
A quem diga que o tempo de ser engraçado dele já passou. Pois eu penso no contrário, ele é irreverente, inteligente e arrasa no programa Quinta Categoria. Tudo bem que ele foi um fiasco como ator de novela, mas...

Hélio de La Peña & Cia
Pra quem não sabe, todos da turma do Casseta & Planeta são engenheiros formados. E nem por isso são sérios. Ao contrário são cômicos, bem humorados e inteligentes para caramba. Você pode até não gostar do programa, mas que os caras são bons, ninguém nega.

Fernanda Torres
Esquisitinha pra caramba, ótima atriz tanto na TV como no teatro, cômica, eu a adorava como Vani da série Os Normais, maravilhosa.

Selton Mello e Wagner Moura
A inteligência e o talento deles os tornam sexy e atraente.

Sérgio Lorosa
Esse é um belo exemplo de brasilidade e negritude múltipla. Serjão provou para todo mundo que sabe cantar, representar e dançar, mesmo sem ter um rostinho e corpinho bonito.

15 setembro 2008

Sobre o final de semana

Casórios
Então a Sandy casou com o sem sal do Lucas Lima. E ainda declarou que quer que o seu casamento seja tão feliz como de seus pais. É minha filha, Segura na mão de Deus e vai.
Já Juju Paes casou de vestido decotérrimo que o pastor deve ter ficado de cabelo em pé. É minha gente, ela pode.

Saúde
Fiquei "bem bal" desde quinta-feira. Garganta com um gato dos infernos e uma febre que te derruba mais que ressaca de vinho.
Pra melhorar: antibiótico + antinflamatório + antigripal + pastilhas + mel com propólis para borrifar. Resultado: a velha gastrite ataca, Batman.

12 setembro 2008

Pra assistir

"Hurricane – O Furacão" é um filme baseado em fatos reais e conta a dramática biografia de Rubin Carter (interpretado por Denzel Washington) um pugilista campeão dos pesos médio que tem a sua carreira interrompida através de uma falsa acusação de homicídio (ódio que o policial sentia por ele) e acaba sendo condenado à prisão perpétua. Em seu cárcere privado Carter escreve um livro que serve de inspiração para um grupo de estudantes (em especial Lesra Martin) reabrirem as investigações sobre o caso e tentarem provar a todo custo a inocência de Rubin.

Denzel Washington recebeu uma indicação ao Oscar por interpretar O Furacão e, assim como o seu personagem, ele também foi injustiçado. Sua atuação é sem dúvidas a mais elogiável dentre o seu vasto currículo cinematográfico, mas só recebeu a estatueta anos mais tarde por "Dia de Treinamento" que esteve abaixo de sua interpretação anterior. Ironia do destino.

Mas o melhor de "O Furacão" está na história, tão fabulosa que parece ficção. Um filme agradável e tem um ótimo desempenho. Para mim uma obra prima pela interpretação e pela história comovente. A verdade é chorei horrores neste filme.

11 setembro 2008

Como estou escrevendo?

Perdi a blogagem coletiva, porém estou aderindo, apoiando e repassando (olha o gerúndio) a "Campanha pelo português correto em blogs".

O Selo "Este Blog Aceita Correções de Erros de Português" eu copiei do blog http://flainandonaweb.blogspot.com/ e declaro que qualquer um que encontre erros nos meus textos alerte que a correção será publicada.

Portanto Caros Amigos, fiquem à vontade para copiar para os seus blogs e contribuir com a nossa “língua pátria mãe gentil”, rá.

10 setembro 2008

Cinco pessoas que merecem levar um soco

Profissionais de Telemarketing insistentes
Respeito a profissão e entendo a história que tem que vender para alcançar metas, mas me diz se não dá vontade de encher de porrada a pessoa que te liga naquele horário impróprio e por mais que você diga que não tem interesse, a criatura não entende.

Penélope Nova
Mulherzinha irritante, feia e sem talento para nada. Não consigo entender o que leva a MTV manter essa criatura no ar e achar que ela dá para alguma coisa (...)

Pessoas da empresa onde trabalho
Não vou citar nomes porque há sempre um abelhudo por aqui. Mas tem socos para distribuir, eu garanto.

Gente que acha que sabe tudo
E por isso vi se gabando por aí que é isso ou aquilo. Ainda por cima xinga os outros, escreve e se veste muito mal (também não vou citar o nome, deixa prá lá).

Todas as pessoas que fazem por profissão cuidar da vida alheia.
Li isso em algum lugar e achei excelente. Copiei mesmo, sorry.


Tá eu sei que deu mais que cinco pessoas, mas eu simplesmente não resisti.
Fica aí para quem quiser copiar e responder.

09 setembro 2008

08/set. - Dia internacional da alfabetização


A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda.
Paulo Freire

08 setembro 2008

Eu confesso

Superar é reconhecer nossas fraquezas. Pode ser duro e doloroso, porém é um processo necessário que leva ao amadurecimento.
Enfim, admito minha condição de uma pessoa limitada: eu sei que nunca vou conseguir dirigir. Desculpem por eu existir.

05 setembro 2008

Aos 30 é que o jogo começa a ficar bom

Ter 30 anos é como ser uma garota super poderosa.

Tudo muda, seu metabolismo muda, você já não emagrece com facilidade, seu intestino fica preguiçoso e fazer um checkup já não é um bicho-de-sete-cabeças. Começam a aparecer os primeiros cabelos brancos, você passa realmente a se preocupar com as rugas, com a celulite, flacidez, com o estilo de roupa que irá usar (imagina você nessa idade querendo passar por menininha com roupinhas rosa e fru-frus?!). Seu plano de saúde aumenta, as mini-saias já não caem tão bem.

Se você estiver comprometida tá na hora de pensar em ter um baby ou congelar os seus óvulos como garantia futura; se estiver solteira passa a acreditar que ficou mesmo “no caritó” = “para titia” e quer correr atrás do prejuízo, sem esquecer-se de separar o joio do trigo.

Você começa a repensar na sua postura perante a sociedade e quem sabe se preocupar em agradar os outros. Você fica mais corajosa, Pensa em reciclagem, em um mundo melhor, em querer fazer bem ao próximo. A verdade é que ter 30 anos é uma responsabilidade e tanto.

Eu fui uma das primeiras a fazer 30 anos da minha turma, logo depois veio a Rosana, a Tita, a Carla acabou de fazer, logo será a Michele, a Gisele, depois vem a Vivi, a Amarílis e assim vai. E para mim, fazer 30 anos foi realmente um divisor de água. Tanta coisa boa, tantas mudanças.

Eu já fiz faculdade, uma pós-graduação e um MBA e to querendo um mestrado. Já passei pelos estágios, pelo programa de trainee, coordenei uma equipe e tive meu trabalho reconhecido duas vezes consecutivas por um projeto que escrevi. Já fui tia e tive a oportunidade de cuidar de uma criança, coisa que faço muito bem pelo fato de ter 09 sobrinhos. Já fui traída por amigos, conquistei outros, encontrei gente boa de verdade. Voei de avião, conheci o nordeste e o sul, conheci o interior de São Paulo. Já fui católica, protestante e virei espírita, fui voluntária e amei fazer o bem a quem precisa. Já fui noiva, me preparei e desisti de um casamento, já traí, sofri horrores por desilusão, encontrei o amor da minha vida, aquele que eu tinha certeza não existir e que me provou que certezas são subjetivas.

É engraçado que você passa a conhecer um monte de balzacas como você, cheia de dúvidas e ansiedades. Aí quando baixa a auto-estima, você lembra das incríveis trintonas Angelina Jolie, Cameron Diaz, Nicole Kidmann, Maria Fernanda Cândido, Ivete Sangalo e que você pode chegar a ser tão lindona quanto a Cristiane Torloni, Luisa Brunet e Lucinha Lins.

A gente não tem pressa para viver, a gente só queria era chegar a essa idade com nosso primeiro milhão garantido, isso sim.

04 setembro 2008

Aff, que vexame!

Beber é legal, dá uma alegria boa, um sentimento de poder fazer tudo, uma bobeira inexplicável.
Um ex-namorado cantou e dançou para mim “Menina Veneno” no meio do bar sem a menor vergonha na cara. Minha prima postiça Amarílis pira nas palavras como Milk Shake, e fala nas mais infinitas versões e ritmos a noite toda.
Já a Rosana enche a cara de vinho e jura, bate o pé e faz pirraça que na entrada de qualquer banheiro tem um degrau, ou ainda ela chora de vergonha por estar naquela situação.
No meu caso, a embriaguez me dá o poder de imitar um monte de gente, dar pulinhos bizarros na rua, abandonar as sandálias e até mijar nas calças para constrangimento de qualquer pessoa que esteja comigo.

03 setembro 2008

Eu tô desistindo

Sou uma pessoa que batalhou muito para ter o que tem em todos os aspectos da minha vida. Lutei para entrar e me manter na faculdade, pra conseguir um bom estágio e transformá-lo num emprego; lutei para ser reconhecida profissionalmente; lutei pelos meus relacionamentos até o fim; luto para que todos da minha família tenham uma vida digna; enfim continuo lutando.

Antes eu achava que desistir era coisa de covardes, de gente fraca. A verdade é que tenho pensado em desistir do meu emprego, ainda não sei o que vou fazer, mas cansei de ter tanta paciência com as coisas que acontecem, com as pessoas. Acredito que a gente só é feliz fazendo o que gosta.

Nas últimas semanas têm acontecido coisas negativas, mas na semana passada aconteceu um episódio que me deixou revoltada, chateada e me repensar no motivo que estou trabalhando ainda nesse lugar. Já tive três diferentes chefes (sim eu sei que esse é um termo antiquado), mas nenhum deles era um líder de verdade.

Infelizmente uma figura que tem tanta coisa ruim para contar de si resolveu tornar a vida de outras pessoas tão ruins quanto a sua e criticar cada passo que é dado sem seu conhecimento/consentimento, puro abuso de poder. Sabemos que nossas vidas são muito mais interessantes por nossas famílias, conhecimentos, viagens e passeios, amores e amigos, mas invejar é algo muito pequeno.

Depois do fracasso que foi me inscrever na licenciatura e perder um semestre devido a falta de organização de uma faculdade, eu vou tentar no próximo ano em outra instituição, ainda não desisti de aventurar-me na docência. Sim, eu estou triste com a incerteza do meu futuro, mas nem por isso tenho medo dele.

"Esta situação já me fez perder o sono, o humor, a alegria de viver. Só a droga do apetite é que eu não perdi.”
Anônimo

02 setembro 2008

Pais e filhos

Acredito que o amor a gente não obriga, nem cobra, amar é uma coisa espontânea. E partindo desse princípio não tenho nenhuma dor na consciência quando alguém pergunta sobre o meu pai e respondo que a gente não tem contato, não nos falamos, não há sentimentos.

Para quem está de fora, pode achar um tanto quanto desumano agir assim, mas só quem convive ou tem uma história complicada para entender o que é não ter sentimentos pelos pais. Ao contrário com minha mãe que temos um amor incondicional, embora não somos grudadas.

Minha mãe é uma jovem idosa (deixa ela ver isso) de 61 anos, mulher de fibra que ainda trabalha, dança, conversa, toma uma cervejinha e nunca reclama da vida que leva. Ela e meu pai foram casados durante 30 anos, anos de sofrimento de verdade. Não havia agressão física, mas uma agressão emocional constante, já que meu pai manteve amantes desde o primeiro ano de casamento. Além de uma vida dupla, meu pai era bastante arbitrário com suas responsabilidades como pai de família, sempre vi minha mãe tomar a frente de tudo para que eu e minhas irmãs não passássemos necessidades e mesmo assim tínhamos uma vida bastante humilde. Houve muitas situações que meu pai deixou de nos beneficiar (nem sei se essa é a palavra correta) para dar à outra família que ele mantinha. E isso magoava a todos, principalmente minha mãe.

Finalmente há 9 anos atrás meus pais se separaram e essa foi uma decisão da minha mãe apoiada por todos. Nessa época meu pai estava desempregado e começou a beber. Parece que finalmente minha mãe deu seu grito de liberdade, rejuvenesceu os trinta anos que perdeu ao lado de uma pessoa que não soube amar, dar valor, respeitar.

Hoje ele conseguiu se reerguer, mas sua saúde está abalada. Minhas irmãs do meio têm maior contato com ele, pedi a elas para ajudar no que for necessário. A verdade é que tenho apenas compaixão. Não consigo mentir, nem ser hipócrita. A palavra perdão é linda, porém muito difícil de incorporar, praticar. Eu não recrimino, apenas sei que ele colhe o que plantou no passado. Acredito que a situação estaria bem diferente se ele tivesse agido de outra forma, se tivesse valorizado sua família, infelizmente a vida cobra da gente as nossas atitudes. Eu não tenho vergonha de não amá-lo, eu só sigo meu coração.

01 setembro 2008

A danada da felicidade...

...se chama final de semana.

Domingo tive uma imensa alegria em reencontrar amigos de longa data – Bia e Tegon. 10 anos sem nos ver, quanta coisa para contar, quantas mudanças. Numa dessas voltas que a vida dá, fiquei emocionada em encontrá-los por acaso, agora casados, estudando, felizes.
As lembranças foram instantâneas. Foi difícil controlar aquele sorrisinho no canto dos lábios por causa das histórias vividas no passado.
Infelizmente a gente se afasta dos amigos e esse afastamento é uma constante na vida da maioria das pessoas. Tem o trabalho, os compromissos, o tempo para a família e a si mesma e os caminhos opostos que tomamos.
A gente prometeu de se ver pra conversar, colocar as fofocas em dia, recuperar os laços antigos. É como recuperar uma parte de nós mesmos.

“A amizade só pode ser medida por memórias, risos, paz e amor”
Stuart e Linda Macfarlane