31 agosto 2009

Seu pedido, por favor!

Sou fã do Mc Donald's desde o saudoso lanche paulista. Era aquele trio famoso de sanduíche, batata frita e refrigerante que, aos meus 10 anos de idade, me dava água na boca. Porém, como todo adolescente às voltas do primeiro emprego, vi naquela lanchonete famosa a oportunidade de iniciar minha carreira profissional.

Fui admitida em 1994 e trabalhei lá por dois anos. Todo dia era uma descoberta, e como todos eram jovens, a diversão era garantida. Ríamos muito das tarefas que nos eram obrigadas. Recolher lixo, passar o esfregão no chão e limpar pés de cadeira fazia parte da nossa árdua rotina.

Minha primeira área foi a torre de bebidas, muito se pergunta por que adicionam-se pedras de gelo num refrigerante que já está gelado, mas num clima tropical como o nosso, o objetivo principal é manter a temperatura correta do líquido. E tive que decorar a quantidade de pedrinhas de gelo para cada copo: três no pequeno, cinco no médio e oito no grande. Depois de alguns dias dominando tal tarefa, passei por uma avaliação, a chamada Check List feita por um treinador, enfim fiz tudo certinho, sabia do procedimento, tinha produto estocado, não deixei faltar refrigerantes para o balcão, panos de limpeza estavam no lugar correto e meu uniforme estava limpo (esse também é um item de avaliação).

E assim foi em todas as áreas que passei, todas com procedimentos padrão, todas com avaliação final e se caso não passasse, ficaria mais um tempo naquela área até aprender corretamente. É claro que os efeitos foram surgindo, meu uniforme cheirava à gordura, minha pele ficava oleosa e comecei a colecionar marcas de queimaduras nos braços, frutos das chapas de hamburgueres, cestos de batatas e tortinhas.

Trabalhava seis horas por dia, participava da abertura da loja, um esquema de limpeza preparatório e diário bem rígido, as peças e acessórios que foram limpos e higienizados na noite anteior, deviam ser montados e colocados em seu devido lugar no dia seguinte. A título de informação, esse processo é feito nas máquinas de sorvetes e milk shakes todos os dias. Eu realmente gostava daquilo e me esforçava, assim consegui ser promovida para treinadora. Minha responsabilidade estava em treinar os demais atendentes no atendimento ao balcão e no walk tru, um sistema com um lugar para registrar o pedido do cliente, outro para efetuar o pagamento e o por último entregar os alimentos, tudo cronometrado e personalizado.

Aquilo é realmente uma escola, um sistema de trabalho e atendimento ao público que merece reconhecimento pela perfeição e padronização de seus serviços. Desta fase, mesmo trabalhando num ritmo frenético e às vezes mecânico, adquiri muita agilidade, praticidade e senso de responsabilidade, e carrego estas características por toda minha vida profissional. Também não posso esquecer que tenho uma bela gastrite, afinal devorei hambúrgueres e batatas em todos os dias de labuta.

28 agosto 2009

Da série: Gente que faz

QUEM CANTA, SEUS MALES ESPANTA

Cantar libera energias e desinibe os bloqueios, deixando fluir a expressão e a criatividade. Cantar em conjunto disciplina o espírito, desenvolve a auto percepção e reordena as atividades mentais. Pois é isso que Silvia Schiavi aposta. Ela é uma daquelas pessoas de voz marcante. Que fala e todo mundo pára querendo saber quem a dona da voz. Ela encontrou na música o caminho que precisava para direcionar sua vida pessoal e espiritual, aqui ela conta pra gente como é cantar num coral.

Lançamento do CD do Coral Projeto Volta


* Como descobriu-se cantora?
Não posso me considerar uma cantora, sou acompanhante de voz, tenho muitas coisas pendentes para ser uma cantora de verdade. A única coisa que faço e faço de coração é louvar o nome de Deus e isso já me satisfaz, já é o bastante. Fiz aulas de vocalização há muito tempo atrás, minha voz oscilava muito. Durou seis meses, depois não quis continuar, fui aprendendo com o tempo e com os erros.

* Cantar solo é diferente de cantar em coral?
Diferente, quando canta-se solo a atenção é voltada para você, você não pode errar nem desafinar, não quero dizer que cantar em coral seja fácil ou desorganizado, cantar em Coral é achar a harmonia das vozes, o que para mim é mais fácil. Sem contar o calor humano, quando estamos cantando juntos, as olhadas, os gestos, isso é gratificante.

*Como o Projeto Volta entrou na sua vida?
O Projeto Volta entrou quando estava distante dos caminhos da fé, estava tristonha e sem rumo, sempre via o Coral se apresentar, meu primo cantava e canta nele, tinha alguns amigos que sempre me chamavam, mas nunca tinha muito interesse. Depois comecei a frequentar os ensaios e os convites foram maiores e decidi fazer um teste, não passei, infelizmente. Aí depois de seis meses resolvi tentar, refiz o teste e passei, fiquei tão feliz e estou até hoje, graças a Deus.

* Quais são as vozes do Coral?
Sopranos: Voz feminina mais aguda.
Contraltos: Timbre feminino mais pesado.
Tenores: Timbre masculino mais agudo.
Baixos: Timbre marculino mais pesado.
Existe 1° e 2° Sopranos, Mezzo que a extensão acompanha 2° soprano ao 1° contralto, 1° e 2° Contraltos, Tenores, Barítonos e Baixos.

* Quantas pessoas têm no coral? Há a participação de instrumentos?
Mais ou menos umas 80 a 90 pessoas. Temos participação de vários instrumentos, o líder da banda é o Wesley que toca teclado dentre outros instrumentos, além de ser compositor e tradutor da maioria das músicas e arranjos.

* Qual sua função dentro dele?
Além de corista, sou Apoio (de comportamento, logo eu!) e Diretora de Eventos. Tenho uma Equipe mais do que responsável que organiza toda a bagunça.

* Vocês fazem eventos, caso alguém queria contratar?
Todas as apresentações são consideradas eventos. Fazemos dois tipos de Cantatas (peça cantada) por ano, a da Páscoa que já fizemos em Teatros aqui de São Paulo e em Maringá (Curitiba) e de Natal que fazemos sempre no Banco Real, Rua Normandia e alguns parques, já fomos para vários estados com a nossa programação. Consideramos eventos e contratos, pois temos que estar lá no dia e na hora, mas tudo que fazemos que envolve o Coral fazemos de bom gosto porque é maravilhoso e nos divertimos muito. Nem sempre dá para participar desses eventos, pois todos têm seus compromissos e alguns são estudantes, mas sempre que surge uma oportunidade lá vai o Coral em um feriado e finais de semanas para outras programações.

* Como foi a sua primeira participação e qual foi a mais emocionante?
Minha primeira participação eu ainda não era corista, fizemos uma cantada de páscoa no Teatro de Maringá (Curitiba) e eu participei da peça. Minha estreia como corista foi na Igreja Adventista da Pedreira, foi difícil fiquei um pouco com vergonha mais depois entrei no clima. Todas programações são emocionantes, uma mais do que as outras, sempre temos algo para acrescentar em nossas vidas, todas as viagens que eu fui foram maravilhosas e todas as cantatas também, mas para mim foi o lançamento do CD no Salão da Igreja Adventista do Capão Redondo, quando aquela cortina abriu que nós entramos com tudo e vimos aquele salão cheio de pessoas me deu uma sensação de que poderia cair o mundo, mas eu estaria em paz, foi emocionante.

* E os planos para o futuro?
Nosso Coral é assim: chamou, estamos indo com toda a força. Sempre temos metas para alcançar, sempre temos programações para concretizar, sempre temos algo para fazer. Nosso próximo desafio, e acredito que seja o maior, é a Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia em 2010, na cidade Atlanta, Estado da Geórgia/EUA, será um grande desafio levar mais de 80 jovens, mas sempre deu certo, esperamos que essa "aventura" também dê.

Quem quiser e tiver interesse nos trabalhos do Coral Projeto Volta, entre em contato com o site: http://www.projetovolta.com.br/ ou mande um e-mail para o Diretor Geral - Heber Girotto: heber.girotto@projetovolta.com.br

* Nota: essa entrevista não tem nenhum vínculo ou pretensão religiosa.

27 agosto 2009

Novas conquistas

Nunca gostei das unanimidades. Sou avessa a muitas delas, seja em matéria de moda, gêneros e até pessoas. Alguns até me consideram um tanto esquisita, mas realmente fazer coro de amor ao chocolate ou aos cabelos loiros não me agradam. Não gostava do garoto mais bonito do bairro na minha adolescência e nem casei com um galã, mas sempre me senti atraída por homens que tem um quê interessante além da sua aparência, como se música fosse maravilhosa, embora versos e acordes não se casassem bem.

Sou boa sagitariana, posso enjoar de coisas em questão de dias. Isso já me incomodou muito, pois pode parecer um traço de desapego bastante negativo, mas hoje sei que isso faz parte do meu perfil. É intrigante a questão da afinidade. É uma espécie de cumplicidade que surge sem que se saiba explicar. Uma certa atração espiritual, que une pessoas que muitas vezes mal se conhecem.
Já quebrei a cara quando resolvi utilizar o ditado "a primeira impressão é a que fica", pois tenho uma amiga que não me despertou nada de bom no início da nossa convivência, depois demos uma chance uma à outra e descobrimos muitos pontos em comuns, o que resultou uma bela amizade. Já com outras pessoas a afinidade resolveu fazer as honras da casa logo de primeira, e que feliz surpresa quando descobri que estava diante de pessoas que tem muito a mostrar.

Gosto muito de gente, de gente que gosta de viver sem se importar se está agradando ou está fora dos padrões. A blogosfera tem me dado muitos presentes, são pessoas que chegam de mansinho e se mostram em doses e o quão bom é conhecê-las. Não vou citar nomes para não ser injusta com alguns, mas são pessoas ótimas com muito para oferecer. Sim, estou muito feliz por isso.

26 agosto 2009

Cartão vermelho

Vemos no campeonato brasileiro um montante significativo de passes errados, marcações equivocadas, desorganização e péssimas finalizações. Vemos jogadores machucados, jogadores que se jogam para cavar faltas e penaltis, convivemos com treinadores que ficam muito aquém das expectativas, enfim vemos coisas absurdas em campo. Mas saber lidar com os árbitros virou questão de sobrevivência. Técnicos e jogadores vivem às turras com o trio de arbitragem que são os responsáveis pelo placar final de cada jogo. Há muito tempo fazer gol não é sinônimo de vencer a partida.

Sim, os árbitros erram porque são humanos. Podiam errar menos se tivessem meios tecnológicos como a ideia de sensores na bola para evitar que sejam validados gols em que a bola não entrou, ou vice-versa. Há ainda a ajuda por meio de vídeo, semelhante ao que se passa no rugby, que também me parece uma boa alternativa. É tanto erro que passa a ser duvidosa a competência da arbitragem.

Eu sou uma torcedora apaixonada, acompanho os jogos, reclamo, grito e esperneio, tenho esse direito. E não sou obrigada a ver meu time ser prejudicado por um bandeirinha que não estava atento ou por um árbitro que teve receio de dar aquele cartão amarelo. Essa papo de Lance Interpretativo é uma balela, uma bela desculpa. Lamentável.

EDITADO: Para suprir a curiosidade, sou torcedora do Todo Poderoso Timão. Traduzindo: sou corinthiana roxa.

25 agosto 2009

Da série: no confessionário

Para quem não sabe "pagar mico" é uma expressão que se originou de um jogo de baralho infantil em que cada carta corresponde à figura de um animal, com macho e fêmea, constituindo, assim, o par. Somente o mico não tem par. Formados todos os pares, o jogo termina e o perdedor é o que fica com a carta do mico na mão.

Popularmente "pagar mico" é passar por uma situação constrangedora. Eu já me senti uma fracassada por causa de uma calça maldita que resolveu abrir "de cabo à rabo" durante o expediente. Estava arrumando um armário de arquivos e me agachei para alcançar a prateleira inferior, só senti a costura cedendo e o ventinho entrando pelas partes baixas. Deu tempo de amarrar uma blusa na cintura e sair correndo para o banheiro. Constatei que a bendita me deixou na mão.

Como nem tudo estava perdido, trabalhava numa indústria têxtil e tínhamos uma sala de costura. Fran, a costureira fera, me salvou!

24 agosto 2009

Uma questão de tempo

A vida é sempre uma correria, nunca temos tempo para nada. Sempre estamos correndo atrás do prejuízo, tentando acompanhar a demanda. Somos absolutamente livres para organizar a nossa vida, definir o nosso tempo e priorizar o que de fato importa para nós. Sabemos que na teoria funciona, mas na prática tudo é bem diferente.

Abrir mão de assistir ao torneio de natação ou a apresentação de dança dos filhos, não estar presente nas reuniões importantes da família ou não celebrar o aniversário de uma pessoa amada em virtude de compromissos profissionais, por exemplo, não é um problema de falta de tempo e sim um problema de prioridades. Uma questão de escolha.

Eis algumas prioridades:
Trabalho: Nosso trabalho é o que nos toma mais tempo, seja quem trabalha fora ou mesmo em casa, pois necessita de tempo e dedicação. Quando estiver em horário de trabalho evite tratar de coisas pessoais, isso te ajuda a manter o foco.

Diversão: É necessário e essencial tirar um tempo para diversão, seja ela qual for. Que tal ligar para uma amiga, ir ao cinema, ao um restaurante novo, arriscar fazer aquela receita nova? Vale qualquer coisa que te dê prazer.


Descanso: O corpo precisa de descanso sempre e ninguém duvida o quanto é benefício para a mente. Um bom banho seguido de uma boa noite de sono ajuda qualquer um a otimizar o tempo disponível no dia seguinte.

Compromissos: Uma reunião com um cliente importante ou mesmo ir ao mercado para reabastecer a dispensa requer planejamento, inclusive é preciso tempo para se deslocar até os locais de seus compromissos. Nada de ir numa reunião sem os dados que serão discutidos ou ir ao mercado sem uma lista dos itens necessários. É preciso se organizar para não esquecer de nada.

Reflexão: Ninguém discorda que é preciso um tempo para parar e pensar. Às vezes estamos tão saturados que não conseguimos mais render no nosso trabalho, ou não conseguimos encontrar a solução para um problema, e nada melhor que parar, tomar uma água e refletir. Colocar as coisas no lugar e a cabeça para funcionar ajudam muito a otimizar o tempo.

Fazer nada: Esse é o melhor dos nossos tempos. Experimente deitar no sofá, levantar as pernas, olhar para a janela e não pensar em nada. Perfeito para resolver problemas sem solução. Pare de querer resolver tudo. Acredite naquele ditado 'o tempo é o melhor remédio'

Segue um modelo de planejamento de prioridades. Vale colocar tudo por escrito no papel ou num programa que preferir.
Anual
* Revise seus papéis e o tempo dedicado a eles (um curso de pós-graduação significa um destaque maior se você for estudante, por exemplo)
* Defina metas (fazer um curso de idiomas, a viagem sonhada, aquela cirurgia plástica)
* Estabeleça os períodos que serão especialmente para você (férias, viagens)
* Desmembre as metas em diversas tarefas pequenas.(se planeja viajar em dezembro, defina o período que irá pesquisar valores, comprar roupas adequadas).
* Distribua o que for possível durante o ano.

Mensal
* Reveja as tarefas que ficaram pendentes no mês anterior (se não deu para ir naquela clínica verificar as sessões de acupuntura, faça isso neste mês).
* Avalie como ficou a distribuição de papéis e reveja a estratégia (se levar seu filho todos os dias ao colégio está fazendo você se atrasar para o trabalho, pense em compartilhar a tarefa com o marido ou com os pais de amigos do colégio).
* Escolha no máximo quatro das metas anuais para se dedicar naquele mês (seja responsável com você)
* Defina dias e horários importantes e reserve-os na agenda para você (se o filho tem curso de inglês às quartas-feiras a tarde, aproveite para ler aquele livro que você está ensaiando há tempos).

Semanal
* Escolha um dia da semana para esse planejamento (por exemplo: sexta-feira - final da semana ou domingo - início de uma nova semana).
* Marque os compromissos da semana, a duração de cada um e as tarefas relacionadas (preparar material para a aula - 30 minutos, ligar para confirmar a consulta médica - 5 minutos, fazer o bolo de chocolate preferido da filha - 45 minutos).
* Escolha no máximo quatro das metas para se dedicar naquele mês e distribua tarefas relacionadas a elas na semana.

Diária
* Não planeje coisas de um dia para outro. O ideal é pelo menos três dias de antecedência.(nada de marcar com as amigas aquele bate-papo no fim do expediente se tem uma aula importante no dia seguinte.)
* Priorize as tarefas do dia com base no planejamento semanal.
* Coloque as urgências em primeiro lugar para não aumentarem.

Como resolver as situações que nos faz perder tempo:
* Ambiente bagunçado impacta na produtividade. Pare e organize sua mesa de trabalho, sua casa.
* Liste tarefas e outras pendências em uma agenda.
* Classifique tarefas como urgentem circunstanciais e importantes.
* Se precisar, negocie prazos e mudanças com a família, com seu chefe.
* Risque da lista o que for concluído. Isso dá um alívio bom...

Viver o tempo, ao invés de reclamar a falta dele, eis aí um bom desafio...

* Inspirado na reportagem da revista Você S/A.

21 agosto 2009

Da série: Gente que faz

Retrato de mãe coruja

Os ditados “coração de mãe sempre cabe mais um” e “ser mãe é padecer no paraíso” caem como uma luva para Lúcia Laureano. Ela está às voltas com sua segunda gravidez. Ser mãe, educar, preparar aquele pequeno ser para uma vida... uma tarefa séria que Lúcia está enfrentando com muita serenidade, carinho e paciência, afinal Guilherme, seu primeiro filho, tem apenas dois anos. Aqui ela conta para gente como está sua vida e os preparativos para receber a Duda:



* Como é descobrir-se grávida de mais um filho?
Na segunda gestação, tudo é muito diferente da primeira, até a descoberta! O primeiro é mais planejado, o segundo vem mais de supetão, até porquê se você pensar muito acaba sempre postergando... No meu caso o segundo foi uma meia surpresa, digo meia pois a gestação não foi pensada e decidida, simplesmente aconteceu.... Na verdade, desde que o Gui nasceu eu nunca mais tomei anticoncepcional e só voltei a menstruar 1 ano e 4 meses depois, quando desmamei, portanto o nosso controle passou a ser apenas a tabelinha, que não foi respeitada no dia da concepção.Com isso eu tive certeza da gravidez desde o primeiro momento, na verdade além de saber que estava grávida, ainda achava que era uma menina, pois tinha acontecido antes do dia fértil - minha ovulação foi quase 3 dias depois da relação. Como eu nunca cogitamos a hipótese de ter apenas um filho, a surpresa da segunda gestação foi um presente maravilhoso para nós!

* Quais foram as mudanças na família?
Na verdade, nada vai mudar na nossa família, a grande mudança para nós foi a chegada do primeiro bebê, que traz junto com muita alegria um rotina bem diferente ao casal, que até então vive mais "sem lenço e sem documento", no segundo já temos um esqueminha montado e uma rotina de horários, onde a chegada de mais um bebê não interfere muito.

* Existem erros que não serão cometidos novamente? E os acertos?
Eu fui uma mãe muito tranquila, sem neuras e sem medos, sinceramente não tem nada que planeje fazer diferente desta vez. Meu grande erro acho que foi não ter colocado o Gui no próprio berço desde cedo, mas honestamente não acho que isso seja um problema para nós e mesmo sabendo que estou errada, me sinto mais segura com o bebezinho dormindo do meu ladinho e acho menos penoso amamentar de madrugada quando a coisa é assim... Portanto o meu maior erro será repetido, sem nenhuma culpa e sem traumas!

* Dizem que criar menino é diferente de criar menina. O que acha?
A minha filha, com certeza será uma moleca! Primeiro porquê eu tenho este jeito moleca de ser e sempre fui assim sem frescuras e segundo porquê ela terá um irmão homem que naturalmente vai incentivá-la a sempre participar das peraltices dos meninos... O que acho que será diferente são os mil vestidos e lacinhos, pois adoro uma peruice!



* Você tem preparado o Guilherme para ter uma irmã?
Eu acho que esta será a parte mais difícil! O ciúme do Guilherme acontecerá e isso é um processo natural, mas muito sofrido tenho certeza... Por mais que ele saiba e entenda que tem um bebê na minha barriga, ele nunca estará preparado para o que está por vir. Ele não pode imaginar que com isso ele perderá um pouco da minha atenção, que hoje é só dele.

* Como será dividir o seu amor para dois?
O coração da mãe fica muito dividido durante a segunda gestação, pois apesar de racionalmente saber que já ama o bebê que está na barriga, dá uma impressão que o amor que temos pelo mais velho, que já está conosco a mais tempo dividindo todas as experiências, é tão grande que nunca daremos conta de amar o caçula tanto assim... Mais coração de mãe é grande, tenho certeza, e nele sempre cabe mais um para amar, de forma tão intensa e enorme quanto!!!

Lúcia é uma blogueira veterana. Em seu blog pessoal contou tintim por tintim a sua primeira gravidez e emoções. Já no blog Criative-se ela nos presenteia semanalmente com suas habilidades. Passa lá.

*Os créditos das fotos maravilhosas é da minha querida amiga BETA BERNARDO, que gentilmente cedeu para ilustrar essa entrevista.Para conhecer mais do seu trabalho como fotógrafa, acessem seu blog pessoal: http://www.betabernardo.com/

20 agosto 2009

O trote

Todo início de ano é a mesma coisa nas faculdades: veteranos atormentam a vida dos novatos.
Para mim, entrar na faculdade foi sublime, parece que eu tinha entrado enfim no mundo dos escolhidos.

No primeiro dia de aula fui toda serelepe para a faculdade, me preparei, comprei até um blusa nova azul, linda-de-morrer. Tanta inocência que não imaginava que ficaria com toda pintada com uma tinta que não sai. Mas Deus existe e consegui me safar da obrigação de pedir trocados no farol. Minha nova amiga não teve a mesma sorte. Foi recrutada pela galera veterana do curso de Comunicação Social a fazer parte da cordinha dos pedindes e tomar um líquido com teor alcoólico elevado. A coitada não se saiu bem, quando ia pedir para qualquer pessoa sempre era questionada qual era o curso. Quando ouvia que era Comunicação Social, as pessoas faziam "cara de ué" e ia embora.

Essa história ela me contou na semana seguinte porque eu, esperta, não apareci mais. Mas fiquei pensando se ela tivesse dito que cursava Direito, Medicina ou Engenharia os motoristas não tinham visto a pedinte com outros olhos...bem, talvez aquele era o primeiro indício que eu estava entrando na carreira errada. Se me arrependi, sim, mas já me conformei que comunicólogos e publicitários nem sempre ganham bem.

Ah, sobre a blusa azul linda-de-morrer ...tive que jogar fora. A tinta não saía mesmo.

19 agosto 2009

Um convite especial

Conheci Danilo Donzelli por aqui, na blogosfera.
Dan, como é conhecido, tem uma delicadeza no sobrenome, nas palavras, nas suas virtudes. Prova disso é a sua obra voltada para o público infantil, que será lançada hoje na Vila Madalena em São Paulo. Gostou? Passe por lá.


Trecho do livro:
Imagine num abrigo qualquer um menininho de 5 anos sem papai e mamãe, esperando por você.
No "A Casa das Fadas" ele existe e tem um nome, Dudu, ele adora imitar aviões: “Brum brum brum brum brum”. Olha o vião, percorre um lugarzão...”
Gosta de brincar e correr. Mas Dudu é muito triste, por morar num abrigo.
Acompanhe o Dudu nas suas aventuras para encontrar uma família, venha conhecer a Casa Das Fadas, você vai rir, se emocionar, chorar e sobretudo se divertir".
O livro A Casa das Fadas já pode ser comprado no site da Editora Multifoco http://www.editoramultifoco.com.br.
Quer conhecer mais sobre o Dan, acesse seu blog, aqui.

18 agosto 2009

Dexter: a série


"DEXTER" é uma história cheia de reviravoltas sobre um especialista em medicina forense da polícia que passa parte de seu tempo perseguindo assassinos que ultrapassaram os limites da justiça. Mas será esse um caminho possível para um serial killer?

Dexter é um personagem complexo cujo código moral e ações talvez sejam chocantes para alguns — e totalmente injustificáveis para outros. Ele é um homem bom e charmoso. Durante o dia, ele é um especialista em sangue que trabalha ao lado da equipe da divisão de homicídios do departamento de polícia de Miami e vai além do seu trabalho para solucionar os assassinatos. Consegue canalizar todo o fascínio de Dexter por vivisecção de seres vivos para algo que ele acredita ser "do bem": caçar os infratores da lei que estão acima da justiça e que acham brechas da lei para praticar crimes. Mas ele se esforça para ter sentimentos que não consegue ter, para manter a aparência de um ser humano "normal". Seu trabalho na verdade serve para ocultar sua verdadeira ocupação, a de serial killer, que consiste em matar aqueles que conseguiram escapar da polícia. As origens do seu comportamento: após ficar órfão aos 4 anos e guardar um traumático segredo, Dexter é adotado por Harry Morgan, um policial que reconhece as tendências homicidas dele e guia seu filho para mudar sua terrível paixão em dissecar humanos para algo mais construtivo.

Como todos os serial killers, o lado obscuro de Dexter é escondido das pessoas com quem ele passa mais tempo, principalmente daqueles que ele ama. Sua irmã Debra, que não desconfia de nada, é uma policial determinada, que sempre pede conselhos pessoais e profissionais para ele — desde sobre novos namorados até sobre uma série de mortes de prostitutas. A paixão por sua adorável namorada Rita, uma mãe solteira, faz com que ele enfrente a normalidade da vida diária.

Dexter é dessas séries que você começa a ver por curiosidade, pra saber se é isso tudo. Termina o primeiro episódio e você se ilude, dizendo, bom vou ver mais um pra ver se ele pega o cara agora. E lá se vão o terceiro, o quarto, o quinto... ele é um Serial Killer querido...talvez seja o único que conseguiu esta proeza..

17 agosto 2009

Dias de glória

Um dos orgulhos da minha vida profissional foi ter meu trabalho reconhecido e premiado. Sempre gostei de escrever e escrever sobre causas socias é algo que me identifico, algo que me envolve.

Profissionalmente, 2002 foi um ano muito marcante para mim. Colhi muitos e bons frutos. Na época trabalhava numa indústria têxtil, a maior da América Latina e fazia a comunicação para 13 mil funcionários e tudo que se referia à imagem institucional. Como sempre gostei de novidades, me interessei pela área social que na empresa compreendia apenas o trabalho de eventos comemorativos e benefícios sociais. A estrutura da empresa era grande mas havia diferença de procedimentos, o que em uma Unidade Fabril existia, na outra nunca haviam ouvido falar. Nosso objetivo como equipe de Recursos Humanos era padronizar todas as ações para todas as Unidades da empresa - 14 no total.

Depois de muita pesquisa e bate papo com os gestores e funcionários de todas as Unidades, conseguimos gradativamente implantar as ações nas Unidades sempre respeitanto sua cultura e diversidade. Reunimos todas as pequenas ações em um único programa e dividimos em categorias. As ações eram focadas não somente em recursos que minimizavam temporariamente os problemas, mas em trabalhos que garantiam a capacitação dos funcionários colaboradores, familiares e membros da sociedade. O resultado foi além das expectivas, o clima interno melhorou e a relação com as comunidades locais se estreitou.

Como participei de todas as etapas e era uma das idealizadoras do projeto junto com uma equipe maravilhosa de psicólogas, assistentes sociais, profissionais de RH e comunicólogas, elaborei o projeto escrito e a identificação visual do programa. O projeto foi inscrito em diversos prêmios e recebeu muitos destaques. Os mais importantes foram as premiações na Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção - ABIT em 2002 e na Câmara de Comércio Árabe em 2002 e 2003. Esta última premiação ocorreu no Palácio do Itamaraty em Brasília, sim eu estava lá, emocionadíssima pela conquista.


Eu e Robson, amigo profissional e pessoal, em Brasília 2003

16 agosto 2009

Da série: mistérios que abalam o mundo

Sim, eu não sou uma pessoa normal e nem comum. Sou azeda, afoita e nada mulherzinha, eu sei disso tudo. Mas não consigo entender o que faz uma mãe, no auge de sua maternidade, colocar nomes compostos e que não combinam entre si em um bebezinho tão lindo?! E tem mais, por que essas infelizes gostam tanto de nomes com letras repetidas e não convencionais?

Avisem a todos que Camilly Vithória é péssimo, Letícya Giovanna não combina e Arthur Leonardo é tosco. Quem nem toda Isabela tem que ter dois "LL" ou começar com "Y", que Gyselle não se escreve assim e Wellington é um nome difícil de escrever quando a criança está sendo alfabetizada.

Obrigada.

14 agosto 2009

Da série: Gente que faz

ELA ACREDITA NO AMOR

Cada casal tem sua história e cada uma tem suas particularidades. Por que os casamentos não podem ser únicos também? Pois é, Amarílis Romanholi, minha prima postiça, partiu desse princípio, afinal sua história de amor foge do convencional. Aqui ela conta como foram os preparativos do seu casamento e todas as emoções que viveu durante o período que antecedeu o grande dia:

Amarílis e Bruno em uma das festas de seu casamento - 07.02.09. Reparem no traje do noivo.


* Como vocês se conheceram?
Nos conhecemos no trabalho. Posso até dizer que isso é meio “clichê”, afinal a gente passa a maior parte do tempo nele. A princípio, não nos dávamos bem, sempre brigávamos. Claro, não sou uma pessoa muito fácil de lidar, mas tenho que dizer que ele também não. Odiava o jeito que ele comia de boca aberta, as roupas sem passar, cabelo comprido (argh!), muito novinho (não que isso me impedisse pois sempre gostei de meninos novinhos, mas ele era novinho de tudo mesmo) e o jeito que ele falava com a namorada dele, nossa, muito meloso. Ele namorava há uns 5 anos e eu, sempre com um ou dois namorados mensais. Queria a pessoa certa, mas que ela demorasse um pouquinho pra aparecer. Um dia, aconteceu o inesperado. Ele tomou um belo pé na bunda e eu também. Ele ficou mal à beça e eu? Bom, a 1ª semana de fossa, 2ª semana de desespero, 3ª semana de reflexão e 4ª e subsequentes semanas de curtição. Aprendi a ser assim com a vida. Nem sempre fui tão querida pelos homens, então acho que se tornou mais fácil encarar as passagens da vida como processos de amadurecimento. Só que ele não pensou da mesma forma. O convenci de que a balada era ótima, a bebida também. Saímos muitas vezes num período bem grande de tempo e, sendo sincera, nunca pensei que ele poderia me chamar a atenção. Estava tão desencanada que até me ofereci a tirar a “seca” de tanto tempo com beijos e abraços já que ele não conseguia beijar uma menininha sequer. No dia do meu aniversário marquei com meus amigos numa balada do centro, mas fui com o meu ilustríssimo e uma amiga para São Bernardo e lá ficamos. Bebemos qualquer coisa com álcool e ficamos bem alegres. Ele até mais do que deveria. Fomos pra casa desta amiga e, simplesmente, aconteceu. Foi lindo, muito carinhoso. Ao passar da bebedeira continuei “apaixonada” pelo momento. Mas ele não. Ai sim, começa a verdadeira saga de convencer o “maledito” que eu era a pessoa certa para ele. Passadas muitas tentativas (e, tente imaginar, eu realmente sou insistente) ele não cedia. Até que um dia, um outro mocinho quis ter algo comigo e eu aceitei. E claro, divulguei para ele. Jesus, como esse menino chorou. Tomei um susto pois nunca tinha pensado naquilo que minha mãe dizia “os homens só dão valor quando perdem”. E foi assim, que ficamos juntos.

* E a decisão se casarem, como foi?
Bom, não houve uma decisão dessas. Primeiro estávamos cansados de nos vermos pouco – mentira, nos víamos quase todos os dias – queríamos fazer mercado e comprarmos milhões de iogurtes e chocolates (afinal somos gordinhos) só pra gente e não dividirmos com ninguém, entre outras coisinhas egoístas que chega uma época na vida da gente que fazemos questão de termos. Só que, pra variar, não tínhamos nem um real no bolso. Como comprar um apartamento? Recorri à minha mãe para nos fazer a doação de um apartamento que estava para uso de mim e de minha irmã. Porém, sempre soube que minha querida mãe jamais iria permitir que eu morasse com alguém sem casar. Então, resolvemos dar o “golpe” e fomos comprar a aliança mais fininha, simples e barata que tinha nas lojas da Praça da Sé. Nunca fiz muita questão de aliança, então escolhi qualquer uma (e estou com ela até hoje). Marcamos o noivado na minha casa, só com as pessoas da família. Claro, minha mãe fez um tamanho discurso que até disse que se ele me magoasse, ela iria buscar ele na Austrália se fosse (sinceramente, não sei o porquê da Austrália, mas acho que é porque é chique). Aí começou a saga: “LIBERTA O VÉIO DO APARTAMENTO”. O apartamento em questão estava alugado há anos e por isso, foi muito difícil liberar o idoso que lá morava. Tanto porque, ele acabou com a minha casa. Destruiu paredes, que mais pareciam ter passado por um processo de tiroteio, deixou bananas podres na pia, arrancou box e tampas da privada e colocou um ralo com pêlos que prefiro nem comentar. Chorei tanto com este apartamento, não tinha dinheiro para reformar tudo assim tão rápido. Mas ainda bem que tenho uma família participativa que quis ajudar em tudo e transformaram meu apartamento em uma perfeição. Fui morar junto com o maridinho em novembro/2008 após meses de espera e reforma cansativa, só que ainda não tinha nem uma colher...passamos no supermercado e compramos 02 pratos, 02 garfos e 01 frango. Meu chá de cozinha foi no dia seguinte e posso dizer que, como não tenho a menor noção de cozinhar (e nem quero) acho que o chá de cozinha deveria ser para o maridinho e não pra mim. Mas tudo bem, ganhei lindos presentes e eram extremamente úteis (o marido que o diga). Fomos morar juntos pensando que iríamos despistar minha família sobre o casamento e, conseguimos. Ninguém mais questionou sobre isso. Mas, o que não estava previsto era que eu ia cismar em casar. Achei que fazia parte do processo e literalmente, convenci o maridinho que era a hora de casarmos. Paguei o cartório com o dinheiro que ganhei vendendo meu vale refeição (olha a pobreza). Troquei meu nome, mesmo amando o meu, pois tinha certeza que tinha que ser a Senhora Romanholi.

* Conta pra gente como foi o dia do seu casamento?
Como sempre a questão financeira abalou as estruturas. Queria fazer milhões de coisas, festas, brindes, lembrancinhas, tudo! Mas tudo o que tinha de ideia me fazia lembrar de dinheiro. Até pensei em coisas criativas e baratas, mas a minha consciência (mais conhecida como Rosi, esta que me entrevista) acabou com todas as ideias de pobre. Casamos no dia do aniversário da minha sogra (segundo meu marido seria para não esquecer a data mesmo se quisesse) e achei ótimo. Ela, sogrinha querida, pagou um monte de coisas, o Ronaldo – primo do Bruno – bancou outras e acabamos montando um churrasco no meu antigo salão de prédio com direito a amigos, família e muita, muita cerveja e caipirinha de todos os sabores. Tenho um probleminha bem pequenino, minhas famílias são separadas, mãe e pai. E eles não se “bicam”. Tive que separar as festas. Então eu teria uma festa em casa e uma festa no prédio do meu pai. Mas ele não deixou que eu soubesse de nada da festa de lá, pois era surpresa. Um dia antes do casório, como sempre enlouqueci. Sabe, sou muito ansiosa e acabo que estressando mais do que o normal quando o caso é grave. Cismei que queria uma vela decorativa no bolo comigo e o maridinho em cima da moto, mas em cima da hora não dava. E, claro, queria um vídeo com a retrospectiva de nosso relacionamento. O Bruno, meu marido, até tentou fazer, mas o computador travou e, claro, briguei muito com ele. As lembrancinhas então foram um caos para decidir e acabei decidindo não ter nenhuma mesmo. Pensei em coisas baratinhas, em coisas caras, e é claro que as baratinhas ganharam, mas como sempre gosto de pedir opinião alheia e acabei pedindo a opinião desta que me entrevista, mas ela estava passando por uma fase turbulenta e estava num mau humor só. Assim, pra não precisar agradar a todos, pensei em agradar meu bolso e não fiz nada de lembrancinha. Comprei um vestido fofo (pra mim, é claro) branco e coloquei um broche de rosa branca no meio pra não ficar com um decote escandaloso. Fui pro cartório com a minha mãe e cheguei no horário. Já meu marido, a verdadeira noiva, chegou atrasado. Ah, e vale a pena constar que, meus padrinhos também. Casamos num cartório simples, do Bairro da Lapa, mas com um juiz muito bom nas palavras. Todo mundo chorou, foi muito lindo. Na festa nº 01, demos muita risada, passamos a gravata e foram muitos amigos... Fiz até uma dedicatória para meu amor cantando a música da época – “Beijinho Doce” da carrasca da novela das 20h – A Favorita. Tivemos a 2ª festa à noite, estava quase morrendo de cansaço e ainda por cima choveu demais. Nesta outra festa, teve vídeo de retrospectiva, vela personalizada e jogaram arroz. Foi bem engraçado e fiquei muito feliz com as pessoas que estavam lá. Sinceramente, tive as melhores festas, os melhores amigos e familiares comigo. Acho que aproveitei meu dia e estou muito feliz. Não me arrependo de não ter investido nem mais nem menos em meu casório, pois ele saiu como nosso amor é: improvisado e com muito carinho.

* Para você casar significa...
Sempre achei que casar era unir e ponto final. E sempre tive muito medo de casar e ver minha história se repetir como a dos meus pais. Casar para mim, a partir do momento em que escolhi casar, significa ser um só, unir corações, amores, opiniões, medos, anseios e oportunidades. Hoje, me sinto completa. Não sei mais como seria ser solteira. Mudou muita coisa em minha vida. A sensação de que as coisas andam sim pra frente e que hoje, eu não patino mais nas minhas decisões. Claro que a gente quebra o pau de vez em quando, mas já fazíamos isso quando éramos solteiros. E acho que quando a gente briga é porque nos importamos um com o outro e costumo dizer a ele que, quando eu parar de brigar é porque eu já não me incomodo mais, não me importo. Então, continuamos brigando. Mas sempre com respeito e brigas que levam há algum lugar. Eu amo de paixão meu maridinho. Ele está comigo sempre, fazemos tudo juntos e aprendemos a respeitar um ao outro. Com certeza, indico para todos, casar é muito bom!

* Como você descobriu que ele é o amor da sua vida?
Não sei. Acho que desde que o conheci. Sinceramente, acho que foi Deus quem descobriu que ele era a pessoa certa pra mim para sempre, sempre e sempre.

Amarílis tem um blog que ela simplesmente abandonou e alega que o motivo é a vida de profissional e dona de casa. (tsc, tsc)

13 agosto 2009

No trânsito

Queridinho enche o peito para falar que dirige bem. Eu realmente concordo que ele faz isso com louvor, mas ele é bem exigente com pessoas no volante. Talvez seja por esse motivo que ainda não me aventurei a tirar definitivamente minha carteira de habilitação.

Há alguns anos atrás entrei na auto-escola. Na teoria me saí bem. Na prática foi complicadíssimo. A cada aula eu suava feito uma louca e fica irritada e decepcionada quando não conseguia fazer tal manobra ou a bendida baliza. No dia do exame simplesmente não fui, tive dor de cabeça, dor de barriga e suadeira tudo junto naquela manhã, talvez essa era a desculpa que me corpo dava influenciado pelo meu cérebro, enfim eu estava com um medão de ser avaliada e fazer feio. Muitas amigas confessaram que sofreram também no tal exame prático, mas realmente não quis me juntar a elas nessa estatística. Simplesmente desisti assim como fiz com o inglês (até já escrevi um post a respeito - esse aqui), sei que isso é covardia.

De qualquer forma, posso não dirigir um carro mas sei muito bem guiar um motorista, sou uma excelente co-piloto, pois sou observadora mesmo andando muito de ônibus conheço ruas contramão, sentidos obrigatórios, etc. Teve uma época que uma amiga que trabalhava comigo mudou para o bairro que eu morava. A bichinha não conhecia nada por lá e gentilmente me pediu ajuda em troca de caronas. Ir e voltar com ela do trabalho era quase um filme no estilo 'Vivendo Perigosamente' ou 'O carro Desgovernado'. A coitada era ruim de volante e nunca acertava o caminho mesmo enfrentando a Marginal Tietê diariamente.

Quando me livrei dessa amiga (coitada, adoro-a até hoje), ganhei uma prima maluca que acha que sabe dirigir. Ela é uma coisa de doido no volante. Seu primeiro carro era um Ford Ká roxo (feio de danar) que nos levou na primeira (e última) vez para o litoral. Para quem não conhece a Estrada Mogi Bertioga é a estrada das curvas e a cada uma delas, eu e o Queridinho no banco de trás, suávamos frio. A coitada depois de tanto levar bronca nunca mais dirigiu com o Queridinho dentro do carro. Ficou traumatizada. Porém, temos uma amiga em comum que dirige como homem. Talvez seja pelos anos de estrada (...). Para ela, Queridinho já emprestou o carro e cedeu o volante várias vezes.

Férias 2008 - Florianópolis

Rosaninha no volante é mesmo uma pessoa de confiança.

12 agosto 2009

Nossa língua

Há alguns posts atrás mencionei que voltei a trabalhar na minha área de formação e minha função está ligada principalmente à revisão de textos.

Como todo mundo, também erro ao digitar e ainda me atrapalho com a nova revisão ortográfica, mas procuro escrever dentro da formalidade e pesquiso quando tenho dúvidas. Também comprei uma dicionário novo para consultar sempre que necessário.

A verdade que tenho deparado com alguns absurdos, e fico bastante triste quando vejo erros grotescos em palavras que aprendemos na primeira cartilha, como casinha, escrita com 'z' e automóvel, escrito com 'l'. Enfim, erros acontecem e os corrijo.

O que mais me intriga é a forma como os profissionais mais jovens adotam a linguagem do MSN, Orkut e Twitter para os e-mails profissionais. Criaram um tal de Internetês, o novo português. Já as mulheres não se constrangem em escrever termos como "miga" e "miguxa" para pessoas que se tornaram mais próximas, porém ainda são companheiras de trabalho. Também vejo algo que me deixa pasma: como alguém consegue escrever um e-mail inteiro em letra minúscula?

Perante a todos esses "deslizes" irei aplicar treinamentos sobre e-mails corporativos e tenho pesquisado muito sobre. Beta Bernardo, minha querida amiga, fez um post no Criative-se "ó-te-mo" sobre etiqueta nos e-mails. Vale para qualquer profissional. Confira.

11 agosto 2009

O vestibular

Coloquei na cabeça que queria fazer faculdade. Em 1997 não existia essa oferta desenfreada de faculdades como há hoje e quem entrava era realmente selecionado. Minha mãe me apoiou incondicionalmente, afinal eu iria realizar um sonho dela. Aí começou a correria, eu tinha que estudar muito, tinha leitura obrigória, a inscrição dos vestibulares...

Meu sonho era ser fisioterapeuta, mas 'na minha época' o curso era integral e bem caro. Fui então para a área de comunicação, a opção era jornalismo. Não tive a oportunidade de fazer a prova como treineira. Também nem entendia bem como funcionava esse negócio. Hoje teria agido diferente, acho que vale a pena praticar antes da 'hora do vamo ver'.

Prestei FUVEST o maior vestilbular do país, sabia que por ter vindo de escola estadual as minhas chances eram mínimas, mas eu tinha que saber como funcionava. No dia marcado, munida de lápis, caneta, borracha e uma garrafa de água, fiu até o local da prova. Tocou o sinal, o fiscal trouxe o saco plástico lacrado com as provas, o monitor e distribuiu as tais folhas de papel. Aquele teste maldito regado a perguntas escabrosas, proporção de candidatos por vaga descomunal e, claro, toda a pressão psicológica. Pronto: a hora da verdade chegou. Estaria eu realmente preparada para esse exame? Naquele ano o curso de Jornalismo era o mais concorrido e apesar de conseguir uma boa colocação, não foi suficiente para garantir uma vaga.

Prestei em outras duas faculdades. Um dos vestibulares era integrado e portanto, de acordo com a sua colocação, você seria indicado para uma das faculdades participantes. Passei em Jornalismo para a Universidade Bras Cubas que fica na cidade de Mogi das Cruzes - 63km da capital, como eu uma estudante sem lenço e sem documento ia conseguir fazer o percurso ônibus+metrô+trem ida e volta todos os dias? Fora de cogitação.

Havia feito uma visita programada (aquelas comandadas por um guia) na Universidade São Judas Tadeu que fica na Zona Leste de Sampa, no Bairro da Mooca. Confesso que me identifiquei de imediato com o lugar. Era enorme, muita gente, eu queria estudar alí. E assim foi: passei quatro anos de minha vida naqueles prédios. Foram duas alegrias: uma quando entrei e outra quando saí. Não vou dizer que o ensino era fraco ou a estrutura falha. Fui aluna de professores excelentes, gente que dedicou a vida à carreira acadêmica e sabia muito sobre comunicação social. Mas minha turma era formada pelos filhinhos de papai e eu nunca me adaptei a esse grupo.

No meio do curso optei pela Publicidade, sem arrependimentos. Atuei na área por quase oito anos e tive alegrias e tristezas. Hoje, cheguei à conclusão de que se vive um eterno processo de descobertas e de que não preciso voltar a viver os meus 4 anos. Achava que tinha nascido para ser publicitária, mas provei o gosto amargo da dúvida e concluí: devia ter escolhido outra área. Enfim, procuro seguir o ditado "escolhas implicam em perdas, mas são portas que abrimos para novos caminhos em nosso futuro". É isso.

10 agosto 2009

Amigos blogueiros

Todo mundo que tem um blog tem visitantes que acabam virando amigo. Mesmo que virtual, um blogueiro adora saber que seu texto foi lido. Enfim, mas como conquistar amigos pela blogosfera? Eu sei que amizade surge, afinidades também, mas se você não tomar a iniciativa fica complicado conquistar alguém e ser conquistado.

* Tenha uma linha de postagens: vale ter um tema definido, mesmo que seja variedades para que aquelas pessoas que se identifiquem com seu estilo possa se aproximar.

* Atualize sempre: de preferência diariamente. Todo blogueiro é curioso e gosta de novidades. Blogs não são sites estáticos.

* Expresse sua opinião: se for apenas textos informativos, o blog não chama a atenção. Quem busca informação usa o google, quem quer interação busca um blog.

* Seja original: escreva à sua maneira. Nada de copiar textos alheios, além de ilegal, é imoral e pode engordar.

* Layout legal: ter um layout simples, mas de maneira organizada, torna seu blog atraente e demonstra quem você é. Pense também que quem visita merece um espaço bem cuidado.

* Português ao pé da letra: nada de assassinar nossa língua. Blogs são blogs, bem diferentes de orkut e msn. Portanto, nada de abreviações, nem escreva expressões como "miga", "axim". Uma pessoa que escreve bem tem credibilidade em qualquer lugar.

* Fique atento aos comentários: quem comenta é porque se sentiu a vontade para tal. Portanto, responda o comentário, retribua a visita e se houver uma indentificação com o blog da pessoa, comente.

* Esteja aberto às críticas: elas devem ser bem-vindas, afinal é com elas que melhoramos. Mesmo que você discorde, aceite e se preferir escrever sobre, faça com bastante respeito.

Enfim, parta do princípio que "gentileza gera gentileza", e quando alguém retornar ao seu blog por várias vezes, seja gentil simplesmente e se pintar uma afinidade: bingo!

09 agosto 2009

Da série: mistérios que abalam o mundo

Alguém me diz como uma pessoa acha que usar calça saruel é digno?
Minha amiga, esse tipo de modelagem não fica bem em nós brasileiras, fartas de coxas e bumbuns. Exceto para as modelos e tops.
Quem olha pra você, sempre se pergunta se está diante de uma maria mijona, vulgo mulher de fraldas. Pense nisso.

08 agosto 2009

Pensamentos

Eu queria ser mais meiga, mais magra e mais fina, mas sei que isso não faz parte da minha imagem.
Eu queria ter energia para fazer ginástica, mas sei que isso eu consigo desde que eu tenha força de vontade
Eu queria não planejar tanto, mas aí percebo que quem dispensa essa parte se lamenta depois.
Eu queria ser uma filha perfeita, mas aí lembro que mamãe me ama mesmo assim.
Eu queria ter escolhido outra carreira, mas sei que não viveria os momentos legais que tive em razão dela.
Eu queria ser cantora no estilo Ana Carolina, mas sei que a minha voz tá bem longe dessa qualidade.
Eu queria ter mais tempo para viajar, mas aí eu não teria rotina e ela serve como uma direção para mim.
Eu queria já ser mãe, mas talvez nem estivesse preparada como agora.
Eu queria passar no concurso público, mas penso que a carreira de concursados deve ser uma mesmice só.
Eu queria ser mais focada quando quero algo, mas aí penso que tem um lado bom em não se prender tanto a algo.
Enfim, vejo que esses são objetivos conflitantes e realmente não consigo ser assim tão certinha, e pessoas certinhas são tão irritantes e não tem vidas emocionantes.

06 agosto 2009

Da série: Gente que faz

MÃE MARAVILHA

Nem sempre a notícia de uma gravidez é bem-vinda. Não pelo fato de ter mais um integrante na sua vida, mas sim pelo momento que está vivendo. Fabi Carvalhos conta para gente como foi ficar grávida num momento tão difícil: seu relacionamento era bem recente e estava prestes a ficar desempregada. Mas a pequena Sophia fez a mamãe mudar os planos. Acompanhe como ela enfrentou cada barreira.

* Como foi descobrir-se grávida?
Um susto! Mas quem não teria também na minha situação. Namorava André há 10 meses apenas, ainda estávamos naquela fase de nos conhecermos, de namorico, sem grandes compromissos. Foi uma única escapulida, num intervalo que estava trocando de anticoncepcional e tchum...aconteceu. Ficamos meio desnorteados, até porque, apesar de André trabalhar e ter uma vida um pouco estabilizada, meu contrato de trabalho seria encerrado. É! Uma loucura! Trabalhava na ANVISA, ganhava bem, tinha um bom padrão de vida, e com a entrada do novo presidente Lula, os contratados temporários que entraram para as agências legalmente, ou seja, passaram por processo seletivo como em qualquer concurso, se viram chamados de apadrinhados, como se não tivéssemos conhecimento nem preparo para exercer os cargos que exercíamos. Um absurdo! Tivemos que pagar pelo marketing político. Mas bem, sem querer entrar no mérito da questão, descobri, infelizmente da pior maneira, que nossos contratos não tinham nenhum direito trabalhista assegurado. Numa das cláusulas do contrato era citada uma legislação criada pelo Itamar Franco que dizia que teríamos que contribuir para o INSS, mas que não teríamos direito aos benefícios, pode? Ou seja, pagamos, mas não poderíamos usufruir. Fiquei a ver navios nos meus direitos enquanto grávida. Não tive direito nem ao auxílio desemprego. Mas bem, André tinha emprego e é um homem bom e super especial, e como dizem os mais velhos, um menino ajuizado. Me amparou e me apoiou num momento bem delicado da minha vida. Sempre trabalhei, depender de alguém, principalmente um homem, é bem estranho e nem um pouco confortável. E ainda tive que ouvir que tínhamos agido como adolescentes! Ai, fiquei para morrer! Como assim? Uma mulher de 32 anos, trabalhadora, até então independente, se vê engolindo um sapo destes! Inacreditável! Minha vontade era responder, mas como? Perderia o emprego em 3 meses, e grávida as chances de conseguir outro eram quase nulas. Respirei fundo e deixei passar. Aliás, diga-se de passagem, sem minha mãe, minha família e André, não sei se teria conseguido aguentar o tranco. Eles me apoiaram desde o primeiro instante. Minha mãe, como sempre, super carinhosa e amorosa, acolheu-nos durante toda a gravidez e até Sophia completar 9 meses, quando conseguimos nos mudar. Sem ela, talvez tivéssemos passado por uma situação bem mais difícil. Nem preciso dizer como foi uma gravidez tensa, né? A pressão foi tanta, que ainda trabalhando, desenvolvi uma lombalgia que me deixou quase 1 mês de cama. Não podia tomar medicação para não prejudicar o bebê, nem fazer fisioterapia, então o que me salvou foi a acupuntura. Aliás recomendo para todos que tiverem problemas de coluna.

* E quais foram as mudanças da sua vida?
Bem, não sendo suficiente toda a situação de tensão no trabalho e a lombalgia, descobri que tenho um útero bicorno. Vou explicar para quem não sabe o que é. Meu útero é dividido, por uma membrana, como se fossem dois úteros. Em alguns casos até são. Mas no meu, graças a Deus, os lados são de tamanhos diferentes, mas estão unidos, e a membrana não vai até o canal uterino, ou seja, não fecha os dois lados, tenho uma passagem, pequena, mas tenho. Foi por ela que Sophia passou do lado menor para o maior e conseguiu se desenvolver. Menina esperta! Mas não podia fazer o exame para ver qual era a formação do meu útero, poderia comprometer o feto, então já viram, né? Tive a gravidez intitulada ‘de risco’ e passei os 9 meses com acompanhamento médico de 10 em 10 dias, pois corria o risco do útero romper, de abortar ou ter um parto prematuro. Isto se refletiu na minha rotina de vida, pois tinha que ficar de "molho" em casa a maior parte do tempo. Saía pouquíssimo, e quando andava muito sentia fortes dores na coluna e abaixo da barriga. Não inchei, mas engordei 20 quilos. Meu médico quase surtou! Não poderia engordar muito, mas foi minha válvula de escape. O paladar me dá imenso prazer, e diante de tantas mudanças e pressões o jeito foi comer! Não tive enjoos, então não tinha o menor problema com comida. Como tive que ficar em casa, aproveitei para criar as lembrancinhas de nascimento e a decoração do quarto. Fui bem estimulada pela economia que tínhamos que fazer, e isso, depois, se mostrou bem mais positivo do que eu poderia imaginar. Sempre fui adepta do "faça você mesmo". Me metia a fazer o que sabia e o que não sabia. Pesquisava, desmontava para ver como tinha sido feito, curiosa e abusada! Meu pai é engenheiro eletricista, então adorava ficar observando como ele consertava as coisas para fazer sozinha depois. Ele enlouquecia quando pegava as ferramentas dele, mas nem assim desistia. Ainda pequena, fiz bijuterias paras as amigas, não faltava a nenhuma aula de educação artística, e adorava o Daniel Azulay. Não tinha muita habilidade no corte e no desenho, mas nem assim desanimava. Não saber desenhar ainda é um trauma para mim, pois todos lá em casa desenham, e muito bem. Este dom não me foi dado, e coincidência ou não, sou a única que seguiu para as artes. Só Freud explica... Pois bem, fazendo as lembrancinhas, e outras coisas mais, revivi meu prazer no artesanato, no trabalho manual. Então fiquei com esta ideia germinando na cabeça.

* Você conta com um pai presente?
Super presente. André se mostrou uma grata surpresa como pai. Já na maternidade ele passou a noite comigo e me ajudou nas primeiras trocas de fralda e de roupas. Na amamentação é que não tinha jeito, era só comigo mesmo. Depois que nos mudamos, e Sophia largou o peito e começou a mamar na mamadeira, as madrugadas eram dele com ela. Um momento de intimidade de que ele gostou bastante. Hoje em dia ele fica com ela enquanto crio meus trabalhinhos e na parte da manhãzinha, pois ele acorda bem cedo então pode esperar que ela acorde para dar o café da manhã e ficar com ela até a hora de sair para o trabalho. Aproveito para dormir mais umas horinhas, adoro uma cama! Estas horas que eles passam juntos foram muito importantes para criar um laço mais forte. Sophia vira e mexe está chamando o pai, eles têm uma relação muito gostosa. Brincam, implicam um com o outro, e ela se aproveita o quanto pode deste paizão. Acabo sendo eu a dar as ordens e ficar com fama de má.

* E a sua vida profissional como ficou?
Depois da gravidez não quis mais voltar a trabalhar com Nutrição. Me decepcionei um pouco com a realidade da profissão, que é super mal remunerada. No governo fiquei traumatizada com o que vi e vivi. Não é só a burocracia e a corrupção que emperram, não. A estabilidade cria um estado de estagnação e acomodação impressionantes. Sou muito comprometida com o que faço, e me incomodava muito certas atitudes. Então, revendo minha trajetória profissional e minhas afinidades e gostos, cheguei a conclusão que talvez me encontre e me realize com um trabalho mais sensorial, que envolva o visual e o manual. Estou adorando criar convites e lembrancinhas, sempre me encantei com edição e manipulação de imagens. No ano passado fiz um curso de Webdesigner e outro de fotografia para poder me aproximar mais do que só apreciava. Tenho aprendido muito observando o trabalho de outros profissionais e lendo sobre conceitos básicos de design. Ainda não consegui a independência financeira que tanto almejo, mas já tenho dado meus passinhos. Sou persistente, acredito no meu potencial e estou bem empolgada. Acho que esta mistura é muito boa, e pode render bons frutos. Agora só me resta aprender a divulgar melhor meus trabalhos, vendê-los, promovê-los. Este é meu ponto fraco. Nunca fui muito boa em vendas. Mas estou otimista, alguns amigos têm dado bons toques, e venho aprendendo muito, em várias vertentes. E o melhor, tenho tido o apoio do maridão e de muitos amigos, antigos e novos, que venho fazendo desde a criação do blog.

* Para você ser mãe é...
Uma lição muito gostosa de vida. Tenho que reconhecer que não tenho muito jeito para brincar com Sophia, mas me dá um tremendo prazer acompanhar seu desenvolvimento, ver suas conquistas, poder colaborar para enriquecer seu crescimento como ser humano. Ainda tenho muito que aprender e a Sophia tem contribuído muito com isso. Cada dia é uma nova descoberta, para mim e para ela. Uma delícia! Fiquei muito assustada no início, mas agora as coisas estão se ajeitando, tomando rumo. Tudo bem devagar, mas no tempo certo. Sempre fui muito ansiosa e impulsiva, ser mãe me ajudou a acalmar, a rever alguns pontos de vista, a ser mais prática, porém atenciosa, sociável e amorosa. Pensava muito em mim mesma, era bem egoísta. Agora olho para as pessoas e vejo seres humanos como eu, sujeito a falhas, então também me tornei menos crítica e arrogante. Estou mais humilde e compreensiva. Em suma, estou-me tornando um ser humano melhor, acredito. E graças à Sophia, ao meu anjo da guarda e ao grande amor da minha vida, André! Agradeço à Deus todos os dias por ter-me presenteado com eles, e hoje consigo enxergar tudo o que eu passei como um grande aprendizado e oportunidades de crescimento. Como dizem, Deus escreve certo por linhas tortas! Fui testemunha disso.

Fabi tem um blog ótimo que mostra todas as habilidades que tem. Confira.

05 agosto 2009

Relativização

Um casal de amigos terminou uma relação de 7 anos. Embora todos jurassem que seria eterno, o relacionamento deles não sobreviveu à crise dos 7, mas o pior foi a maneira como ele escolheu para por fim à essa relação: via skype. Para quem não conhece, o sistema skype permite a comunicação de voz e vídeo grátis entre os usuários de um software. Mas mesmo com toda essa tecnologia, não deixa de ser uma forma fria e um tanto cruel.

Fiquei pensando sobre a questão da falta de respeito com os sentimentos alheios. Eu confesso que é um tanto complicado se colocar no lugar dos outros. É realmente um exercício difícil que precisa de disciplina e paciência, mas que deve ajudar muito no convívio com outras pessoas. Nossa tendência é termos uma certa cegueira com nossos enganos, porém sabemos que não nascemos completamente desenvolvidos.

É importante olhar nos olhos, uma conversa franca esclarece todos os pontos e isso serve para qualquer relacionamento. Essa tecnologia toda ajuda para agilizar a comunicação, mas atrapalha em momentos mais importantes.

Quanto ao fim do relacionamento, sejamos práticas: se não voltar, a receita da reabilitação é uma só: tempo, abstinência e outros prazeres.

04 agosto 2009

Tristes dias chuvosos

Já percebeu que nos dias chuvosos tudo o que você queria era ficar em casa, enrolada no edredon assistindo à televisão. Como isso não passa de uma doce ilusão para os pobres assalariados, seguem algumas dicas para você fazer bonito nesses dias:

* Esqueça as roupas brancas: se a sua profissão não exige, nem pense na coitada da calça que vai ficar com as barras horrorosas. Se a peça for de tecido mais fino, vai ficar transparente e fazer você passar uma tremenda vergonha.

* Use calças certinhas: sei que um jeans molhado fica pesado e demora pra secar, mas fuja das bocas largas, estilo pantalonas, ou barras muito compridas, pois molham com facilidade.

* Casacos e jaquetas: sabe aquela jaqueta de tecido impermeável que você comprou? Pois bem, chegou a hora dela. Use-a sem medo de errar, mesmo que ela não combine com todo o seu look. Chegando no destino, tire-a. Ela faz bonito como capa.

* Não use sandálias: além de inadequado, a água da chuva traz muitas impurezas para os pés. Pense também que você ficará o dia inteiro com os pés úmidos, o que provoca micoses, frieiras e te deixa gelada. Guarde aquela sandalinha linda para um belo dia de sol.

* Sapatos abertos: idem ao anterior. Vai molhar o pezinho, ficar úmido, correr o risco de deformar o sapato e resultar num chulé horrível? Pra que minha amiga? Abuse das botas, se for galocha, ótimo, estão na moda e são bonitinhas.

* Cuidado com os saltos: embora é melhor não usar um sapato baixo para não sujar a barra da calça, evite saltos muito altos e finos. A probabilidade de você escorregar no asfalto liso é muito alta.

* Guarda-chuva ou capa: depende de você. Eu não gosto de capas, pois não são práticas depois do uso, mas tem modelos lindos no mercado. Agora você consegue até combiná-las com a cor da sua roupa. Já os companheiros ilustres estão em alta, parece que o mercado percebeu que o modelo pretinho sóbrio não fica bem para mulheres modernas. Vale comprar aqueles grandes e coloridos para dar uma carona quando algum amigo precisa.

* Atenção aos acessórios: se puder trocar a bolsa grande e despensar aquela sacolinha ou bolsa de mão, melhor. Imagina você segurando o guarda-chuva, a bolsa, se molhando toda, o ônibus não vem, os pedestres com as suas "sombrinhas" e você com as mãos ocupadas. Olha o seu humor indo embora.

* Prenda o cabelo: o famoso rabo de cavalo é lindo e te deixa elegante. Aproveite e capriche na maquiagem. Ao contrário, a umidade da chuva vai te deixar com aspecto descabelado, desmilinguido ou com o efeito guarda-chuva.

* Óculos escuros: está correto. Até porque mesmo em dias nublados existe a incidência de raios ultravioletas nos olhos. Assim use-os sempre e agora sem medo de pagar mico. Afinal além de estar protegida, óculos servem como acessório e pode fazer parte do seu estilo e personalidade, existem pessoas que fazem até coleção.

* E as crianças? Bem, todas as dicas servem para os pequenos que ficam mais lindos com o kit galocha, capa e guarda-chuva. Invista nas cores vibrantes. E se for chuva de verão, aquelas que só vem para refrescar, vale deixá-las tomar aquele banho de chuva. Lembra daquela sensação quando era criança?

03 agosto 2009

Dose de selinhos

Flá do Blog Arte na Cozinha, minha amiga prendada demais da conta, me passou esse aqui.



As regras são: linkar quem te passou o selinho, repassá-lo a 5 pessoas e dizer 5 características suas, que são:

1. Enjoo de tudo, até de algumas pessoas. Isso pode ser considerado um defeito.
2. Faço amizade com facilidade, mas também atraio desabores na mesma proporção.
3. Gosto de futebol, de cerveja, de azedo, de uma voltinha no shopping, mas troco tudo isso por um bom papo com gente interessante.
4. Sou extremamente falante e às vezes falo mais do que devia.
5. Gosto de poucas coisas de mulherzinhas. Filmes água com açúcar, cor de rosa, ser apaixonada por doces e chocolates não faz parte da minha vida.

Também vou quebrar a regra e vou repassar para uma pessoa. Minha escolhida é a Mari do Blog Vaidosa e Toda Prosa.



Já a Claudinha, amiga virtual fofa, recém conquistada, me presenteou com esse aqui:


As regras do selinho são: exibir a imagem do selo que acabou de ganhar; postar o nome do blog que te presenteou; indicar 10 blogs de sua preferência, avisar os indicados e publicar as regras; conferir se os blogs indicados cumpriram as regras.

Assim como ela só vou repassando para quem encara a brincadeira do mesmo jeito que eu, como uma oportunidade de indicar um blog legal, de pessoas que valem a pena conferir o que escrevem. As escolhidas são as Meninas do Blog 3 Supernovas: Fernanda, Heloísa e Erika, amigas que amo muito.

Um homem prendado

Descobri nessa semana que tenho um homem prendado na família. Não estou falando do Queridinho, e sim do paizão dele.

Eu já sabia dos seus dotes culinários, afinal ele faz uma costelinha na panela de pressão como ninguém. Mas, minha sogra contou que ele sabe bordar e tricotar, inclusive quando nasceu seu filho mais novo e suas sobrinhas, ele fez questão de tricotar toucas e casaquinhos para cada um dos bebês. Meigo!