27 dezembro 2011

Da minha vida social e cultural

 Meu filho é único, amado, querido e me sinto profundamente envolvida em tudo o que envolve seu mundo.

Leio, pesquiso e converso horas a fio, sem me cansar, sobre alimentação, as milhares de dúvidas, as centenas de medos, as questões fisiológicas. Minhas referências são desenhos e músicas infantis, das confecções que tem modelos lindos a um bom preço, meu assunto diário é tudo o que ele fez ou quis.

Bem que tento, mas é um tanto complicado ter uma vida de adulto, falar dos assuntos de adultos, dos passeios de adultos. É um bom período de reclusão que teve início desde os tempos de tentantes.

Sim, eu sinto falta. Sinto falta daquelas atividades simples como tomar um banho demorado, ler ou assistir um filme - de adulto - sem interrupções, sentar na mesa e comer tranquilamente. E tenho meu trabalho para suprir esse lado de adulto, preciso me sentir parte de outro mundo por melhor que seja o infantil. Eu não me culpo por isso, sou humana, quero me vestir com roupas que não seja de mãe, como calças e blusas confortáveis e sapatilhas. Quero pegar minha bolsa à tiracolo e sair, sem me preocupar com tantos itens que uma saída com um bebê requer.

Não critico aquela mãe que deixou sua carreira profissional para se dedicar à maternidade. Cada um sabe de suas necessidades e de seus momentos. Tenho amigas que abdicaram de suas carreiras e estão felizes à beça com seus pimpolhos. E é claro que conseguem fazer visitas e passeios em seus tempos livres. Confesso que sinto uma invejinha quando há um desses encontros de mamães durante a semana e eu estou impossibilitada de ir devido ao trabalho...

Enfim, estou de férias, tirei 15 dias para descansar e ficar com meu pequeno. Essa jornada tripla é cansativa demais. Trabalhei apenas 6 meses desde o término da licença maternidade, mas parece que já se passaram 2 anos.

Vou aproveitar para passear com ele e com o marido que tem ficado em terceiro plano, coitado!

Um comentário:

Cláudia Leite disse...

Rosi,

Sinto que consegui retornar a vida de "adulta" quando voltei ao trabalho, e somente trabalhando estou envolvida em outros assutnos que não seja minha pekena. Até hoje ainda não saí sem ela, talvez semana que vêm ela fique com minha mãe e eu consiga.
Admiro as mães que deixaram a carreira por um tempo pra se dedicar aos filhos, mas eu não conseguiria...


Bjo em vcs, aproveite a mini-férias!