31 maio 2007

A fascinação pelas gírias

Cá estou eu, uma profissional de comunicação, amante da Língua Portuguesa, invadida e rodeada por inúmeras criaturas que amam gírias.

A mais recente, ouvida mil vezes nesse final de semana, foi "OVO". Imaginem uma criatura que tudo fala MEU OVO. Uma verdadeira admiração, satisfação pelo OVO. O pior é que as criaturas ao redor entram na onda do OVO.

No trabalho é uma enxurrada de SUAVE. Vc pergunta: Tudo bem? E as criaturas respondem: SUAVE.....ai, ai, ai. Santa suavidade! Tô ficando CARETIADA com essas gírias (mais uma nova que eu aprendi).

Mas o pior de tudo é ser chamada de MANO, VÉIO, MEU, TRUTA pelo seu queridinho. Argh. E não adianta corrigir. Criaturas que falam gírias acreditam que não são gírias o que saem de suas bocas, "é um jeito de ser".
Ainda tem o PILHANDO, a VIBE, essas coisitas de tribos.

Em Limeira, sair para uma baladinha é FERVER. Minha vó chamava os ovos de piolhos, as lêndeas, de MANDIOPÃ. Em Recife, MANGUZÁ é canjica e MACAXEIRA é mandioca.

É, um viva à diversidade da linguagem, da cultura e da arte.

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