17 junho 2008

Abdômen cultivado

Estava entediada em casa e olhando pra minha barriga que não pára de crescer. Não, eu não estou grávida nem tão pouco com vermes ou a chamada barriga d’água. A bicha está grande mesmo, um formato esquisito, estômago inchado e dá aquela impressão de estar maior.

O que me conforta é olhar para minhas irmãs e mãe e ver que o problema é genético. Todas não tem quadril largo e a concentração de gordura é centralizada, dianteira e traseira, feio de doer.

Tem uma pílula no mercado que é a salvação das barrigudas: a anti-barriga, só que são tantas contra-indicações que desanima. Há quem fale que a pança é resultado de cerveja, sim, pode ser, mas a ingestão diminuiu consideravelmente nos últimos tempos graças ao esôfago doente e ela continua firme e forte. Há ainda a hipótese de ficar muito tempo sentada, o que cabe perfeitamente aos motoristas e cobradores de ônibus, mas conheço gente que quase não se levanta e continua como uma tábua.

A tradição alimentar da cultura portuguesa estimula o "comer bastante para ficar forte", de modo que o abdômen mais volumoso passou a ser sinal de sujeito bem nutrido. No Brasil, o significado foi mais além, e acabou dando status de prosperidade. Este sinal clínico é completamente desprezado pela medicina, que não o valoriza, e a população idem.

O jeito é praticar exercício ou entrar na faca. A preguiçosa que vos escreve prefere a segunda opção declaradamente.

2 comentários:

Talita Corrêa disse...

E eu sempre tive que tomar vitamina (Complexo B, sabe?) pra engordar, rs. Ou então Biotonico Fontora... kkkkkkkkk!

Mesmo assim continuo magrela... =| Isso às vezes preocupa a minha mãe que acha que eu não me alimento direito.

Bjoca!

Rosi disse...

Talitaaaa
Felicidade a sua.
Até os 27 aninhos eu era assim, agora tá osso.
Obrigada pela visita.