17 abril 2009

Metamorfoses

Nasci Rosimary (lê-se Rosimarí, como se tivesse um acento agudo na última sílaba), invenção da minha madrinha que queria Rose Marie, aquele nome francês. Sonho acabado pelo escrivão do cartório. Minha avó achou muita frescura para uma criança e resolveu apelidar de Meire mesmo.

Aí, durante os anos que estive na escola virei a aluna chata que corrige os professores ao ouvir seu nome pronunciado errado. Comecei a trabalhar e inventaram de me chamar de Rose. Era mais prático e fácil. Ganhei até e-mail. Nasceu meu sobrinho que me apelidou de Táta e todos os outros sobrinhos foram na mesma onda.

Na faculdade perceberam que meu nome era Rose escrito com i, portanto Rosi. Virou piada se a letra i levava acento agudo, então Rosí. Sempre que lembrava da atriz que fez a Bruxa Morgana - a Rosi Campos - ficava chateada. Na última empresa que trabalhei, uma garota teimava em me chamar pelo nome da atriz, talvez pela confusão com o meu sobrenome Costa e para Rosi Campos era um pulo.

Conheci o Queridinho que tem um dos sobrenomes Costa também. E até posso dizer que somos casados de verdade. Enfim, vivo numa crise constante de identidade.

Um comentário:

Verônica Cobas disse...

Oi, Rose,

Ou será Rosi? Com a devida dimensão, posso dizer que tenho experimentado através da vida algo semelhante. Mas não com o Verônica, que nem inspira tanta confusão ou versão. Mas com o Cobas, sobrenome espanhol que sofre de um problema de entendimento. Não existe um único lugar, uma única pessoa para quem eu diga o meu sobrenome que não escute logo em seguida: como? Covas? Copas? Cobras? Metade das contas que estão no meu nome e na minha casa chegam têm meu nome errado. Tanto que minha filha mais nova, decidiu evitar o problema ignorando o Cobas e só ficando com o Garcia.
Agora imagine o problema para os que, tomamos por uma modernidade de mau gosto, costumam colocar nos filhos nomes repletos de k, h, eles e enes dobrados.

Enfim...bjsss. Veronica