Chega de violência

Dizem que a parte mais complicada em ter filhos é educar. Realmente é difícil equilibrar afeto e limites, porque esses são os elementos de uma boa educação. Educar significa indicar caminhos, corrigir, orientar.

Fui educada sem palmadas porque um simples olhar me era suficiente, mas lembro das palmadas em minhas irmãs. Porém, meu dia chegou, e aos dezessete anos levei minha primeira e única surra. Juro que nunca esquecerei aquele dia, não só pela dor física, mas porque foi humilhante demais para mim.

Porém, o que vemos atualmente é uma violência gratuita. Pais que violentam a vida de seus filhos, pais que permitem que outros agridam os menores, pais que usam da força para obter um comportamento que julga correto, pais que adotam palmadas e demais agressões como corretivo.

A Campanha Não Bata, Eduque atua como movimento social com o objetivo de erradicar os castigos físicos e humilhantes e estimular uma relação familiar respeitosa que garanta o direito das crianças à integridade física e psicológica e a seu pleno desenvolvimento como ser humano e como cidadão. Para a ONG o diálogo com a criança é sempre a melhor saída. Mas será que para fins corretivos, todos os pais sabem dialogar com as crianças para que entendam o comportamento inadequado ou mal que causaram?

O assunto é bem complexo. Quem convive com crianças (pais, familiares e educadores) sabe que diante de toda a dose de amor e de mimo que os pais dedicam, umas palmadas (em certas situações) não são motivo de trauma. Mas em se tratando da massa da população, e da situação atual, a campanha é necessária. Eu sou a favor do diálogo e um castigo no estilo "cantinho pra pensar".

Quem quiser saber mais da campanha, acesse: http://www.naobataeduque.org.br/

“ O Brasil e o Mundo precisam de uma Cultura de Paz. Isto não significa só ausência de guerras. A Paz tem que começar dentro das nossas casas. Não batendo nos nossos Filhos. Onde o limite vem pelo respeito, pelo diálogo, pelo entendimento. Não Bata, Eduque.”