22 agosto 2011

Coisas que não me avisaram

Já acumulo seis meses de experiência como mãe. 

Pouco para alguns, mas para mim a experiência é tão intensa que já me sinto uma veterana. Muitas coisas tive que aprender na raça, as longas leituras que fiz durante a gravidez e o intensivão que passei com meus sobrinhos, serviram apenas de base, na prática (e quando o filho é seu) é tudo bem diferente. 

Parto: o meu desejo de ter um parto normal foi por água abaixo quando, nos últimos dias, os sintomas não apareceram. Foi constatado útero alto e com textura grossa e quando completei 40 semanas, decidimos (eu e minha médica) por uma cesárea. Até então, ouvia falarem bem da bendita. Mas ninguém me avisou que havia o risco de uma quelóide enxerida invadir minha cicatriz e vazar líquido do local. Enfim, o resultado final é algo que simplesmente ignoro de tão feio que ficou. 

Amamentação: outro item que sempre quis, mas a natureza não ajudou. E isso ninguém me avisou que a coisa não fluía naturalmente. Tive rachaduras, sangramento, pega errada do bebê, insegurança, lágrimas, nervoso e leite em pouquíssima quantidade. Resultado: sofri tanto com os comentários maldosos, me senti uma incapaz, decidi ignorar e meu filho tomou leite artificial desde o primeiro mês, o que não o impediu de ter uma ótima saúde. 

Trabalho: todo mundo me dizia que eu teria vontade de parar de trabalhar, só para ficar em casa com o filhote, e eu desacreditava. Queimei feio a língua. Tive muita vontade de ficar em casa, mas o orçamento familiar não me permite. Sofri com o fim da licença maternidade, era uma mistura de sensações: queria voltar a ter uma vida social, mas não queria deixar minha cria aos cuidados de terceiros. 

Auxílio: achei que tiraria de letra o fato de ficar sozinha com o bebê os primeiros dias, afinal acompanhei de perto a chegada de meus 09 sobrinhos. Não me avisaram que eu não teria tempo de nem ao menos escovar os dentes e fazer xixi, tiveram dias que só consegui fazer isso no final da tarde (pasmem!). Quando a coisa aperta, nada melhor do que ter alguém por perto para pelo menos segurar o bebê para você. 

Manha: presenciei muitos episódios de manha de meus sobrinhos, mas realmente não lembro de manhas precoces. Pois bem, meu filho é expert nesse quesito. É um manhoso de primeira, e olha que só tem 06 meses de vida! 

Emocional: que a mulher ficava sensível eu já sabia e fiquei dessa forma durante a gravidez, mas realmente acreditava que isso passaria com a chegada do bebê. O que aconteceu foi a chegada do meu filhote, surgiu uma mulher emocionalmente frágil. Se antes chorar era um algo bem difícil pra mim, agora choro facilmente com filmes, novelas, situações que contam...acho que choro até se alguém me chamar de feia! 

Sentimento: já diz o ditado que “amor só de mãe”, mas nunca ninguém me disse que o amor de mãe doía. E dói. Dói tanto, que só de pensar que algo ruim pode acontecer a ele, eu choro. De vê-lo chorando pela picada da vacina que tomou, eu choro. De vê-lo dormindo, eu choro. Choro porque é tão amor, tanto amor que sinto que não consigo explicar. 

Inspirado na postagem das amigas do De Mães para Mães.

14 comentários:

Karin :: Mamãe e Cia disse...

Oi Rosi...

Amor de mãe é simplesmente indescritível, não é mesmo. Passamos por cada uma que as vezes nem acreditamos como pudemos mudar tanto em tão pouco tempo...

Parto, amamentação, e outras coisas.. cada filho nos ensina como devemos agir. Por mais que queiramos certas coisas, eles insistem em outras, vamos fazer o que?

Faz parte!

Beijos

Karin
www.mamaeecia.com.br

Rafaella disse...

Que lindooo...
E isso não é nada pelo que vem pela frente...
Voce ainda vai aprender muitas coisas...
bjos

Sandra Kautto disse...

É Rosi, nessa jornada da maternidade ainda iremos nos deparar com muitos acontecimentos felizes e imprevistos que nunca ninguém nos avisou...mas o bom é que somente com isso nos construímos como mãe.

Beijos pra vocês!

Unknown disse...

Sim Rose, amor de mãe dói, dói tantoooooo...Passei por quase tudo que passou... PC, LA... Eu também sou chorona rs...

Beijossss

Unknown disse...

Sim Rose, amor de mãe dói, dói tantoooooo...Passei por quase tudo que passou... PC, LA... Eu também sou chorona rs...

Beijossss

Raquel disse...

pois eh..agora somos mães e passam tantas coisas na nossa cabeça..na minha lista faltaria o item apavoramento...com tosse, com engasgo, se dorme muito, se dorme pouco...hahahahah
Qd nasce um filho tb nasce uma mãe..
bjos no Dudu...

Raquel disse...

vou fazer um post inspirado..pode???

Camila Torres disse...

Nossa Rosi adorei o post..simplesmente perfeito!!
bjinhosss

Priscila Quaquio disse...

Assino embaixo, sem tirar nem por! beijocas

Katia Bonfadini disse...

Oi,Rosi!!!!Menina,to vivendo tudo isso de perto por conta da minha sobrinha linda Manu!!!!! Vou postar seu texto na sexta feira da semana que vem,tá? Dia 2 de setembro!Bjs!

Katia Bonfadini disse...

Eu de novo! Te mandei um e-mail com seu texto e meus comentários, vc recebeu? Adorei sua abordagem sobre o tema e obrigada por ter aceitado o convite!!!! Bjs!

Mamãe do Guiga disse...

Querida Rose, me emocionei com seu post. É exatamente isso que penso e pensei tb. Porém só naõ me indentifiquei com a questão do parto, sempre quis cesárea e não pensei 2 vezes sobre isso. Não me arrependi. Graças à Deus foi tudo mto tranquilo.
Agora mudando de assunto: ESSE DUDU TÁ UM ARRASO!! Sempre q posso dou um pulinho aqui e assim, é interessante como esses meninos estão espertinhos né? Dudu manhoso da mamãe!! rsrsrs...
bjs e fiquem com Deus

Carol Vieira disse...

Rosi, você acredita que eu penso como você pensava antes de ter filhos? Penso que vai ser fácil o parto, que vou tirar de letra os primeiros meses com o bebê em casa sem ajuda (só alguém para limpar a casa), que vou deixar fácil no berçário e ir trabalhar... Não sei pq, mas a gente se "acha" quando não tem filhos... Eu me sinto assim e vejo pelos seus relatos que vou passar perrengues, hehehe.
Vou precisar de ajudinhas principalmente ler algo bom, algo verdadeiro como você escreve, rs.
beijos :o)

Samantha disse...

Voce resumiu tudo o que eu tenho sentido nos ultimos 3 meses. A minha bebezinha eh meu maior tesouro! Eu li o teu post no blog da Bonfa e aqui estou. Continue firme mamae! :-)