O bebê perfeito

Quando me tornei adulta e percebia que muitas amigas estavam se tornando mães, brincava que meu filho devia estar numa fila de bebês lá no céu, administrada por São Pedro, que ia chamando àqueles que desceriam à terra. Quando chegava a vez do meu filho, ele perguntava ansiosamente se havia chegado sua hora, mas saia sempre cabisbaixo para o fim da fila quando ouvia de São Pedro a resposta negativa e a observação que sua mãe era meio devagar...

Na verdade, sempre quis ter um filho, mas idealizei que ele só seria concebido no momento certo quando eu estivesse bem nos quesitos estudo e carreira e encontrasse alguém especial. E aos 32 anos chegou meu momento, a maternidade gritava em mim. De repente o desejo de ser mãe se tornou uma verdade.

Após três meses de tentativas, tive a mais importante e linda certeza: estava grávida. Durante 40 semanas, ansiei, senti e respirei meu filho. Passava horas conversando com ele, imaginava como ele seria, me preparei para sua chegada. Na data de 11.02.2011, uma data muito mística, tive enfim a oportunidade de presenciar o milagre da vida: o nascimento do meu filho.

São momentos de aprendizado constantes, momentos que me pego olhando para um menininho lindo que me mostra que, a cada dia, a vida adquire uma nova cor, uma nova expectativa. Meu filho, no alto de seus dez meses de vida, consegue despertar em mim o que tenho de melhor. Sua perfeição se traduz num sorrisinho maroto, composto por dois dentinhos apenas, mas que consegue amolecer meu coração.

Eduardo é a mais perfeita realização de um sonho.

*Texto escrito originalmente para participação do Concurso Meu Bebê Perfeito do Blog Porta Filho da amiga Vanessa Prudente