28 agosto 2009

Da série: Gente que faz

QUEM CANTA, SEUS MALES ESPANTA

Cantar libera energias e desinibe os bloqueios, deixando fluir a expressão e a criatividade. Cantar em conjunto disciplina o espírito, desenvolve a auto percepção e reordena as atividades mentais. Pois é isso que Silvia Schiavi aposta. Ela é uma daquelas pessoas de voz marcante. Que fala e todo mundo pára querendo saber quem a dona da voz. Ela encontrou na música o caminho que precisava para direcionar sua vida pessoal e espiritual, aqui ela conta pra gente como é cantar num coral.

Lançamento do CD do Coral Projeto Volta


* Como descobriu-se cantora?
Não posso me considerar uma cantora, sou acompanhante de voz, tenho muitas coisas pendentes para ser uma cantora de verdade. A única coisa que faço e faço de coração é louvar o nome de Deus e isso já me satisfaz, já é o bastante. Fiz aulas de vocalização há muito tempo atrás, minha voz oscilava muito. Durou seis meses, depois não quis continuar, fui aprendendo com o tempo e com os erros.

* Cantar solo é diferente de cantar em coral?
Diferente, quando canta-se solo a atenção é voltada para você, você não pode errar nem desafinar, não quero dizer que cantar em coral seja fácil ou desorganizado, cantar em Coral é achar a harmonia das vozes, o que para mim é mais fácil. Sem contar o calor humano, quando estamos cantando juntos, as olhadas, os gestos, isso é gratificante.

*Como o Projeto Volta entrou na sua vida?
O Projeto Volta entrou quando estava distante dos caminhos da fé, estava tristonha e sem rumo, sempre via o Coral se apresentar, meu primo cantava e canta nele, tinha alguns amigos que sempre me chamavam, mas nunca tinha muito interesse. Depois comecei a frequentar os ensaios e os convites foram maiores e decidi fazer um teste, não passei, infelizmente. Aí depois de seis meses resolvi tentar, refiz o teste e passei, fiquei tão feliz e estou até hoje, graças a Deus.

* Quais são as vozes do Coral?
Sopranos: Voz feminina mais aguda.
Contraltos: Timbre feminino mais pesado.
Tenores: Timbre masculino mais agudo.
Baixos: Timbre marculino mais pesado.
Existe 1° e 2° Sopranos, Mezzo que a extensão acompanha 2° soprano ao 1° contralto, 1° e 2° Contraltos, Tenores, Barítonos e Baixos.

* Quantas pessoas têm no coral? Há a participação de instrumentos?
Mais ou menos umas 80 a 90 pessoas. Temos participação de vários instrumentos, o líder da banda é o Wesley que toca teclado dentre outros instrumentos, além de ser compositor e tradutor da maioria das músicas e arranjos.

* Qual sua função dentro dele?
Além de corista, sou Apoio (de comportamento, logo eu!) e Diretora de Eventos. Tenho uma Equipe mais do que responsável que organiza toda a bagunça.

* Vocês fazem eventos, caso alguém queria contratar?
Todas as apresentações são consideradas eventos. Fazemos dois tipos de Cantatas (peça cantada) por ano, a da Páscoa que já fizemos em Teatros aqui de São Paulo e em Maringá (Curitiba) e de Natal que fazemos sempre no Banco Real, Rua Normandia e alguns parques, já fomos para vários estados com a nossa programação. Consideramos eventos e contratos, pois temos que estar lá no dia e na hora, mas tudo que fazemos que envolve o Coral fazemos de bom gosto porque é maravilhoso e nos divertimos muito. Nem sempre dá para participar desses eventos, pois todos têm seus compromissos e alguns são estudantes, mas sempre que surge uma oportunidade lá vai o Coral em um feriado e finais de semanas para outras programações.

* Como foi a sua primeira participação e qual foi a mais emocionante?
Minha primeira participação eu ainda não era corista, fizemos uma cantada de páscoa no Teatro de Maringá (Curitiba) e eu participei da peça. Minha estreia como corista foi na Igreja Adventista da Pedreira, foi difícil fiquei um pouco com vergonha mais depois entrei no clima. Todas programações são emocionantes, uma mais do que as outras, sempre temos algo para acrescentar em nossas vidas, todas as viagens que eu fui foram maravilhosas e todas as cantatas também, mas para mim foi o lançamento do CD no Salão da Igreja Adventista do Capão Redondo, quando aquela cortina abriu que nós entramos com tudo e vimos aquele salão cheio de pessoas me deu uma sensação de que poderia cair o mundo, mas eu estaria em paz, foi emocionante.

* E os planos para o futuro?
Nosso Coral é assim: chamou, estamos indo com toda a força. Sempre temos metas para alcançar, sempre temos programações para concretizar, sempre temos algo para fazer. Nosso próximo desafio, e acredito que seja o maior, é a Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia em 2010, na cidade Atlanta, Estado da Geórgia/EUA, será um grande desafio levar mais de 80 jovens, mas sempre deu certo, esperamos que essa "aventura" também dê.

Quem quiser e tiver interesse nos trabalhos do Coral Projeto Volta, entre em contato com o site: http://www.projetovolta.com.br/ ou mande um e-mail para o Diretor Geral - Heber Girotto: heber.girotto@projetovolta.com.br

* Nota: essa entrevista não tem nenhum vínculo ou pretensão religiosa.

18 comentários:

Elaine disse...

Ahh que lindo! Música definitivamente faz parte de minha vida e sempre me remete a coisas boas. Meu sonho não realizado é aprender a tocar piano.
Parabéns à Silvia que canta com todo amor e fervor.
Apesar do texto não ser voltado ao aspecto religioso, gostaria de dizer que fico de bocão aberto com os corais de igreja. Apesar de ser católica, conheço a Igreja Adventista e os admiro muito. Passei um tempo na Casa Adventista de São Roque para um tratamento e guardo aqueles dias maravilhosos em meu coração.
Bjs, Elaine

Sílvia Schiavi disse...

Oi Rosi, ficou linda a entrevista, adorei mesmo, sempre quando quiser estarei a disposição.

Leticia disse...

Q lindo! Admiro pessoas que sabem cantar e que se dedicam a isso... uma amiga minha participava de um coral e eu ia às vezes assistir.
Cada pessoa que encontra o que gosta de fazer e se dedica a isso, é mais feliz. Com certeza! Seja hobby, seja profissão.
Parabéns!

Fla disse...

Que legal!
Se tem uma coisa que me emociona nessa vida é música. Eu adoro cantar, adoro ouvir, adoro sentir, sim, porque música boa é aquela que a gente sente, aquela que toca a alma.
Adorei a entrevista de hoje.
Parabéns Silva por cantar acima de tudo com o coração.

Beijos,
Fla

Lidiane Vasconcelos disse...

Super interessante essa entrevista, Rosi!
Parabéns!

Acho que quem canta tem um talento divino. Sei que o estudo aprimora e coisa e tal, mas sei lá, eu como leiga penso que antes tem que haver algo que não é qualquer um que tem. Eu, no máximo, me “esguelo” no banheiro ou na sala de casa. E somente isso me causa um contentamento tão grande, faz tanto bem para minha alma... imagina quem canta bem? Deve mesmo ser uma experiência extremamente feliz. :D

Parabéns a Silvia!
Beijos, Rosi!

Lidiane Vasconcelos disse...

Ah! E eu não sei o quanto gosta de fotos, Rosi?! Quando eu estava escolhendo a foto para o post pensei em você, e concluí: tenho que colocar uma que apareça meu “carão” e o do marido, assim a Rosi não reclama... kkkkkkkk... :D
Ei! Obrigada por tudo! ;)

Fabiana disse...

Rosi, que entrevista linda! A música realmente nos faz remeter longe.

Nunca tive uma grande voz, mas acho lindo quem tem aquela voz certinha, sem desafinar e que canta com o coração, acho que é tudo né?

Coral então nem se fala, acho muito mais que lindo, é perfeito, envolvente, mágico.

Parabéns a Silvia pela voz maravilhosa que Deus deu a ela, como também pelo bom uso que ela o faz, cantando ao Senhor.

Bj

Faça a Festa: sua festa com a sua cara! disse...

Que projeto bonito! Você acabou de esclarecer uma dúvida que tinha: a diferença entre soprano, tenor, etc.

Abraços!

Claudia de Paula disse...

Que legal conhecer a Silvia !
Me deu saudades dos meus tempos de juventude quando fazia parte do coral da mocidade da minha igreja.
Parabens, Silvia !
Obrigada,Rosi, por entrevistar mais uma pessoa tao bacana.

Bjs !

Luci Cardinelli disse...

Ótima entrevista, amiga! E ainda aprendi uma porção de coisas.

Silvia, parabéns por seu trabalho.

bejão e ótimo final de semana prá vcs!

Hugo de Oliveira disse...

ótima entrevista viu.


te desejo um ótimo final de semana


abraços

Hugo

Raissa Furtado disse...

Rosi, que bom que vc gostou, limão realmente é muito mais que uma fruta azeda ;PP

Elaine disse...

Rosi,

Marido já está em casa. Agradeço sua visita lá no blog. Ocupei a mente durante o dia e fiquei menos aflita.
Gosto muito de escrever aqui no "Mundinho", já me sinto bem à vontade por aqui, viu...já venho até de chinelo, kkk, brincadeirinha...
Estou na lista, é? Nossa, que emoção! Adorei!

Nana disse...

Poxa, que legal descobrir que as pessoas encontram o seu caminho, ou na música, ou na arte ou na comida.
Parabéns e desejo muito sucesso!!
Estou aguardando o seu email flor com as perguntas.
Bjss

Feito a Mão disse...

Sabe o que eu mais gosto dessa série? A diversidade de assuntos tratados. A cada psot vem uma novidade e eu fico curiosa como vc descobre esses furos.

Li o texto ontem, mas estava tão atarefada que não quis comentar sem atenção. Passei o dia fora, entre uma e outra atividade e só agora pude comentar.

Parabéns!

Um beijo grande e ótimo final de semana.

Dêzinha disse...

Chique demais *o*

Amo música, mas n sei cantar... =(

Unknown disse...

Que bacana esse espaço para as pessoas mostrarem um pouco mais delas mesmas. Também faço parte do Coral Projeto Volta (carinhosamente chamado CPV) e posso atestar que lá temos dois extremos de vozes femininas: a Rúbia com sua voz "agressivamente" agúda e a Silvia com sua voz infinitamente "pesada". Um coral é assim, ele é formado por pessoas (muitas), diferentes.
O mais legal é que nem todos tem a máxima qualidade - sou um deles - mas nas diferenças encontramos a unidade.

Ana Carolina Peixoto disse...

Rosi, estou um pouco atrasada no comentário...
Eu já te disse e repito: adoro essa série que vc escreve: Gente que Faz. É uma forma legal e criativa da gente conehcer um pouquinhos dessas pessoas tão especiais. Vc sabia que quando eu estava no 2º grau e era do coral da minha escola? Quase fomos para Cuba... Pois é. Sou contralto. Mas há muito tempo não canto. Em niterói, tem uma professora de canto para bebês. Estou doida para colocar a Malu, mas ainda não me organizei para isso.
Bjs,
carol

PS: Pois é, a idéia do chá de fralda é ótima! Vc não acha que é mais conveniente a mãe escolher o que o filho vai vestir? É, por isso, que muitas mães preferem ajuda nas fraldas! É muito gasto mesmo! Os meus chás, de panela & bar e da Malu, todos tiveram a presença dos homens. Acho que não conseguiria fazer só para as mulheres... Acho que junto fica mais animado.