“É melhor ser alegre que ser triste. Alegria é a melhor coisa que existe. (…) A tristeza tem sempre uma esperança de um dia não ser mais triste não”.
Foi com essa frase de uma conhecida música de Tom Jobin que Cláudia Ramalho começou essa entrevista. E foi dessa maneira delicada que ela escolheu para falar de um tema bastante sério: a depressão. Aqui ela nos conta como aconteceu e o que fez para sair dessa situação, de uma maneira muito clara e verdadeira. Confira.
Como foi que percebeu que estava depressiva?
Eu não percebi. Não sabia o que estava acontecendo comigo. Só sabia que algo não ia bem. Que eu não estava do jeito que sempre fui. Não sabia dizer o quê, mas algo tinha mudado.
Não conseguia sentir prazer nas coisas corriqueiras, não via graça nas coisas que antes me encantavam e sentia uma tristeza inexplicável. Estava insatisfeita, me sentia fracassada, como se buscasse algo inatingível. O pior era que não havia motivos aparentes para isso. Tudo na minha vida parecia ir muito bem... Eu tinha um bom emprego, ganhava bem, estava casada com o homem que amava (e ainda amo), tinha uma filha linda e saudável, havíamos construído nossa casa tão sonhada, com muito sacrifício. Quem visse de fora, me julgaria a protagonista de um comercial de margarina. Mas por dentro eu me sentia um lixo. Não via mérito nas minhas conquistas e só conseguia enxergar o que eu não tinha conseguido realizar. Além dessa sensação de insatisfação, havia alguns sinais físicos que ajudaram no diagnóstico, como: sono excessivo, perda de peso considerável, desânimo, apatia, cansaço e algumas doenças psicossomáticas ligadas ao estresse e à ansiedade.
* Quais foram os motivos que te levaram a esse estágio?
Sempre fui muito responsável, a mais velha de cinco filhos, aprendi desde cedo a me virar sozinha e a cuidar dos outros. Comecei a trabalhar aos 17 anos, tão logo me formei em magistério, pois queria muito ser independente financeiramente. Depender de meu pai para pedir tudo era duro para mim. Sou orgulhosa. Trabalhei por 4 anos no turno da tarde enquanto fazia faculdade pela manhã. Sempre fui muito racional e cedo amadureci para cair no mundo. Criei uma casca que com o tempo foi me impedindo de fraquejar. Eu tinha de ser forte e indestrutível, pois não tinha em quem me escorar. Era uma aluna exemplar e via nos estudos uma fuga. Lá meu esforço era recompensado. Ele me faria ter a independência que eu tanto buscava. Me formei em Direito aos 21 anos e em apenas 3 meses já estava assumindo um cargo jurídico para o qual havia prestado concurso. Meu pai dizia que eu tinha muita sorte. Eu não acredito em sorte. Acho que tudo o que nos acontece é resultado de nossas escolhas. Sempre fui muito metódica. E achava que a minha vontade bastaria para conseguir o que quisesse. Nesse tempo eu já namorava Mário. Decidimos engravidar dois anos e meio depois que nos casamos, quando trocamos nosso apartamento pela casa que hoje moramos. Queríamos que nossos filhos vivessem livres numa casa com quintal e jardim e não confinados. A primeira gravidez veio no primeiro mês de tentativas. Eu pretendia ter a segunda logo em seguida, como minha mãe tinha feito. Mas, por acaso do destino, tive de ter um parto cesárea. Então, tive de esperar 2 anos para preservar meu útero. Fiquei frustrada com o fato e de certa forma me sentia menos mulher por não ter conseguido ter o parto que eu julgava ideal e que é tão defendido hoje em dia. Quando passaram esses dois anos, recomeçamos as tentativas. Eu já estava muito estressada a essa altura. Pois no ritmo que eu vivia, me cobrando demais em todos os aspectos, eu me sentia uma mãe incompetente por trabalhar fora e, ao mesmo tempo, quando estava no trabalho, achava que minha atenção estava desfocada por pensar na minha bebê. Não encontrava muito tempo para ser esposa e menos ainda para cuidar de mim. Acabei me colocando na última posição da minha lista de prioridades. Frequentemente esquecia de fazer aqueles pequenos mimos que nos dão tanto prazer. Até meus banhos eram cronometrados e meu sono era quase inexistente. Tudo piorou quando a gravidez que eu tanto queria não veio. Durante meses, as tentativas só me deixavam decepcionada. Nesse ínterim eu entrei em depressão. Meu marido já não aguentava mais me ouvir falar em dias férteis e ovulação. Devo ter sido uma péssima companhia naquele tempo. Era a primeira vez que eu descobria que as coisas não estão sob o meu controle. Pessoas rígidas e controladoras como eu sofrem muito. E o pior é que por serem muito perfeccionistas acabam transformando a vida das pessoas que convivem com elas num inferno. O que ninguém sabe é que inferno maior se passa conosco. Se somos perfeccionistas com quem vive ao nosso lado, somos em dobro a nosso próprio respeito. Um perfeccionista se exige ao extremo e quando não alcança seus objetivos se critica e se pune. A punição pode vir em diversas formas. A depressão é apenas um dos muitos distúrbios possíveis.
*E o tratamento, como foi?
Eu tenho uma amiga de infância que hoje é psicóloga. Em uma conversa franca, ela reconheceu os sintomas. No começo eu me assustei e até que eu admitisse que era vulnerável e que precisava de ajuda, levou algum tempo. Ela me recomendou uma psicóloga amiga dela, já que ela, por questões éticas, não poderia me tratar. Antes de ver essa psicóloga eu tinha ido a um psiquiatra que na primeira consulta já me receitou um medicamento tarja preta que nem cheguei a fazer uso. Não queria eliminar as consequências sem tratar as causas. A psicóloga que a Adriana me recomendou foi maravilhosa. Desde o começo eu senti progressos. A linha era a bioenergética e foi muito enriquecedor aprender sobre mim olhando de fora para dentro. Era como se eu estivesse me vendo pela primeira vez. Descobri o que eu gostava de fazer de verdade e o que eu fazia apenas para agradar os outros. Aprendi que não é pecado fazer coisas para me agradar e que de vez em quando pensar em mim, antes dos outros, me faria muito bem.
Aprender a dizer não foi um aprendizado duro. Listar as minhas prioridades e fazer apenas o que era necessário, importante e o que me dava prazer. Nada mais por obrigação ou para agradar os outros, pura e simplesmente. Quando a gente começa a fazer terapia, muita coisa muda. Sabe quando você resolve arrumar um guarda-roupa e tira tudo do lugar para separar o que lhe serve, o que vai para o lixo, para doação, o que precisa ser consertado? Depois de limpar o móvel você descobre que ainda sobrou muito espaço para o novo. É assim que acontece conosco durante o processo de terapia. Essa arrumação às vezes incomoda muita gente que estava acostumada com nosso antigo comportamento. Isso pode gerar conflito. Aqui as pessoas (família e amigos) mais atrapalham do que ajudam, pois nesse momento se a gente fraquejar, volta para o velho padrão. Nesse momento eu me perguntei: a quem quero agradar de verdade? Quem vai seguir comigo pelo resto da minha vida? (Eu mesma, né?). Meu marido esteve comigo todo tempo. Deu apoio durante o tratamento e, apesar de assustado com as mudanças (que no meu caso ocorreram muito rapidamente), sempre me incentivou a continuar. Tanto que sentiu necessidade de fazer terapia também para me acompanhar nessa evolução. Li muitos livros que a terapeuta me passou, frequentei muitos workshops, passei a fazer acupuntura, ioga, meditação, EFT (Emotional Freedom Techniques), fiz um curso de desenvolvimento da percepção sensorial, que me ajudou muito a ficar ligada nos sinais que meu corpo, minha mente e meu espírito me davam. Não usei medicamentos. Meus únicos remédios foram esses. Tive sorte de encontrar uma terapeuta de vanguarda. Antes de completar um ano e meio de terapia, engravidei. Minha filha Mariana nasceu para ensinar a mim que a vida nem sempre sai do jeito que esperamos, mas que aceitar as mudanças de peito aberto pode ser muito proveitoso. Até hoje sigo aprendendo coisas com ela, que por ter sido concebida e gestada enquanto eu estava tão perceptiva, tem um jeito muito especial de ver o mundo e é a que mais se parece comigo, emocionalmente. As mudanças ainda me causam certo medo. Mas aprendi a me adaptar com mais facilidade.
* Hoje como você lida com a doença? E sua vida, como está?
Graças a Deus, não tenho mais qualquer resquício de depressão hoje em dia. Mudei meus paradigmas, minha visão de mundo e de mim mesma. No fundo, agradeço por ter sofrido depressão. Chegar ao fundo do poço foi preciso para que eu rompesse com os antigos rituais. 2004 foi o ano do meu crescimento espiritual e emocional. Hoje eu estou muito mais flexível e acho que aprendi a me amar de verdade. Quando a gente se ama de verdade, é mais tolerante com as nossas falhas. E aprende que não precisa ser perfeita, basta fazer o melhor que puder, o resultado nem sempre vai depender só da gente. Minha vida vai ótima, obrigada.
* Qual o conselho que deixa para quem sofre desse mal.
Em primeiro lugar, reconhecer que pedir ajuda não é vergonhoso, que procurar um especialista não é coisa de doido. Se você procura um médico quando está doente, por que não consultar um psiquiatra ou psicólogo quando está com depressão? Abrir mão do controle. Desistir de ser a dona do mundo. O mundo não vai acabar se você tirar férias. Delegue. Confie nas pessoas, relaxe. Descanse. Aprender a dizer não. Grande parte das nossas insatisfações é resultado de não querer desagradar as pessoas. Às vezes, nos vemos aflitas por querer cumprir com obrigações que não são nossas. Fazer o que lhe dá prazer. Por que nos esforçamos tanto para agradar a todos e muitas vezes nos esquecemos de nós? Quando foi a última vez que você leu um livro, que viu um bom filme, que fez uma massagem, andou descalço na grama, tomou sol? É preciso resgatar os pequenos prazeres como uma refeição bem saboreada, um banho demorado, uma boa noite de sono, praticar exercícios, enfim, fazer o que dá prazer, porque o prazer é o que nos mantém vivos e nos faz querer seguir adiante.
Claudinha, como é carinhosamente chamada por mim e outras amigas, tem um um blog delicioso onde mostra seu lado arteira e compartilha seus dotes. Quer conhecer? Passa lá.
Não conseguia sentir prazer nas coisas corriqueiras, não via graça nas coisas que antes me encantavam e sentia uma tristeza inexplicável. Estava insatisfeita, me sentia fracassada, como se buscasse algo inatingível. O pior era que não havia motivos aparentes para isso. Tudo na minha vida parecia ir muito bem... Eu tinha um bom emprego, ganhava bem, estava casada com o homem que amava (e ainda amo), tinha uma filha linda e saudável, havíamos construído nossa casa tão sonhada, com muito sacrifício. Quem visse de fora, me julgaria a protagonista de um comercial de margarina. Mas por dentro eu me sentia um lixo. Não via mérito nas minhas conquistas e só conseguia enxergar o que eu não tinha conseguido realizar. Além dessa sensação de insatisfação, havia alguns sinais físicos que ajudaram no diagnóstico, como: sono excessivo, perda de peso considerável, desânimo, apatia, cansaço e algumas doenças psicossomáticas ligadas ao estresse e à ansiedade.
* Quais foram os motivos que te levaram a esse estágio?
Sempre fui muito responsável, a mais velha de cinco filhos, aprendi desde cedo a me virar sozinha e a cuidar dos outros. Comecei a trabalhar aos 17 anos, tão logo me formei em magistério, pois queria muito ser independente financeiramente. Depender de meu pai para pedir tudo era duro para mim. Sou orgulhosa. Trabalhei por 4 anos no turno da tarde enquanto fazia faculdade pela manhã. Sempre fui muito racional e cedo amadureci para cair no mundo. Criei uma casca que com o tempo foi me impedindo de fraquejar. Eu tinha de ser forte e indestrutível, pois não tinha em quem me escorar. Era uma aluna exemplar e via nos estudos uma fuga. Lá meu esforço era recompensado. Ele me faria ter a independência que eu tanto buscava. Me formei em Direito aos 21 anos e em apenas 3 meses já estava assumindo um cargo jurídico para o qual havia prestado concurso. Meu pai dizia que eu tinha muita sorte. Eu não acredito em sorte. Acho que tudo o que nos acontece é resultado de nossas escolhas. Sempre fui muito metódica. E achava que a minha vontade bastaria para conseguir o que quisesse. Nesse tempo eu já namorava Mário. Decidimos engravidar dois anos e meio depois que nos casamos, quando trocamos nosso apartamento pela casa que hoje moramos. Queríamos que nossos filhos vivessem livres numa casa com quintal e jardim e não confinados. A primeira gravidez veio no primeiro mês de tentativas. Eu pretendia ter a segunda logo em seguida, como minha mãe tinha feito. Mas, por acaso do destino, tive de ter um parto cesárea. Então, tive de esperar 2 anos para preservar meu útero. Fiquei frustrada com o fato e de certa forma me sentia menos mulher por não ter conseguido ter o parto que eu julgava ideal e que é tão defendido hoje em dia. Quando passaram esses dois anos, recomeçamos as tentativas. Eu já estava muito estressada a essa altura. Pois no ritmo que eu vivia, me cobrando demais em todos os aspectos, eu me sentia uma mãe incompetente por trabalhar fora e, ao mesmo tempo, quando estava no trabalho, achava que minha atenção estava desfocada por pensar na minha bebê. Não encontrava muito tempo para ser esposa e menos ainda para cuidar de mim. Acabei me colocando na última posição da minha lista de prioridades. Frequentemente esquecia de fazer aqueles pequenos mimos que nos dão tanto prazer. Até meus banhos eram cronometrados e meu sono era quase inexistente. Tudo piorou quando a gravidez que eu tanto queria não veio. Durante meses, as tentativas só me deixavam decepcionada. Nesse ínterim eu entrei em depressão. Meu marido já não aguentava mais me ouvir falar em dias férteis e ovulação. Devo ter sido uma péssima companhia naquele tempo. Era a primeira vez que eu descobria que as coisas não estão sob o meu controle. Pessoas rígidas e controladoras como eu sofrem muito. E o pior é que por serem muito perfeccionistas acabam transformando a vida das pessoas que convivem com elas num inferno. O que ninguém sabe é que inferno maior se passa conosco. Se somos perfeccionistas com quem vive ao nosso lado, somos em dobro a nosso próprio respeito. Um perfeccionista se exige ao extremo e quando não alcança seus objetivos se critica e se pune. A punição pode vir em diversas formas. A depressão é apenas um dos muitos distúrbios possíveis.
*E o tratamento, como foi?
Eu tenho uma amiga de infância que hoje é psicóloga. Em uma conversa franca, ela reconheceu os sintomas. No começo eu me assustei e até que eu admitisse que era vulnerável e que precisava de ajuda, levou algum tempo. Ela me recomendou uma psicóloga amiga dela, já que ela, por questões éticas, não poderia me tratar. Antes de ver essa psicóloga eu tinha ido a um psiquiatra que na primeira consulta já me receitou um medicamento tarja preta que nem cheguei a fazer uso. Não queria eliminar as consequências sem tratar as causas. A psicóloga que a Adriana me recomendou foi maravilhosa. Desde o começo eu senti progressos. A linha era a bioenergética e foi muito enriquecedor aprender sobre mim olhando de fora para dentro. Era como se eu estivesse me vendo pela primeira vez. Descobri o que eu gostava de fazer de verdade e o que eu fazia apenas para agradar os outros. Aprendi que não é pecado fazer coisas para me agradar e que de vez em quando pensar em mim, antes dos outros, me faria muito bem.
Aprender a dizer não foi um aprendizado duro. Listar as minhas prioridades e fazer apenas o que era necessário, importante e o que me dava prazer. Nada mais por obrigação ou para agradar os outros, pura e simplesmente. Quando a gente começa a fazer terapia, muita coisa muda. Sabe quando você resolve arrumar um guarda-roupa e tira tudo do lugar para separar o que lhe serve, o que vai para o lixo, para doação, o que precisa ser consertado? Depois de limpar o móvel você descobre que ainda sobrou muito espaço para o novo. É assim que acontece conosco durante o processo de terapia. Essa arrumação às vezes incomoda muita gente que estava acostumada com nosso antigo comportamento. Isso pode gerar conflito. Aqui as pessoas (família e amigos) mais atrapalham do que ajudam, pois nesse momento se a gente fraquejar, volta para o velho padrão. Nesse momento eu me perguntei: a quem quero agradar de verdade? Quem vai seguir comigo pelo resto da minha vida? (Eu mesma, né?). Meu marido esteve comigo todo tempo. Deu apoio durante o tratamento e, apesar de assustado com as mudanças (que no meu caso ocorreram muito rapidamente), sempre me incentivou a continuar. Tanto que sentiu necessidade de fazer terapia também para me acompanhar nessa evolução. Li muitos livros que a terapeuta me passou, frequentei muitos workshops, passei a fazer acupuntura, ioga, meditação, EFT (Emotional Freedom Techniques), fiz um curso de desenvolvimento da percepção sensorial, que me ajudou muito a ficar ligada nos sinais que meu corpo, minha mente e meu espírito me davam. Não usei medicamentos. Meus únicos remédios foram esses. Tive sorte de encontrar uma terapeuta de vanguarda. Antes de completar um ano e meio de terapia, engravidei. Minha filha Mariana nasceu para ensinar a mim que a vida nem sempre sai do jeito que esperamos, mas que aceitar as mudanças de peito aberto pode ser muito proveitoso. Até hoje sigo aprendendo coisas com ela, que por ter sido concebida e gestada enquanto eu estava tão perceptiva, tem um jeito muito especial de ver o mundo e é a que mais se parece comigo, emocionalmente. As mudanças ainda me causam certo medo. Mas aprendi a me adaptar com mais facilidade.
* Hoje como você lida com a doença? E sua vida, como está?
Graças a Deus, não tenho mais qualquer resquício de depressão hoje em dia. Mudei meus paradigmas, minha visão de mundo e de mim mesma. No fundo, agradeço por ter sofrido depressão. Chegar ao fundo do poço foi preciso para que eu rompesse com os antigos rituais. 2004 foi o ano do meu crescimento espiritual e emocional. Hoje eu estou muito mais flexível e acho que aprendi a me amar de verdade. Quando a gente se ama de verdade, é mais tolerante com as nossas falhas. E aprende que não precisa ser perfeita, basta fazer o melhor que puder, o resultado nem sempre vai depender só da gente. Minha vida vai ótima, obrigada.
* Qual o conselho que deixa para quem sofre desse mal.
Em primeiro lugar, reconhecer que pedir ajuda não é vergonhoso, que procurar um especialista não é coisa de doido. Se você procura um médico quando está doente, por que não consultar um psiquiatra ou psicólogo quando está com depressão? Abrir mão do controle. Desistir de ser a dona do mundo. O mundo não vai acabar se você tirar férias. Delegue. Confie nas pessoas, relaxe. Descanse. Aprender a dizer não. Grande parte das nossas insatisfações é resultado de não querer desagradar as pessoas. Às vezes, nos vemos aflitas por querer cumprir com obrigações que não são nossas. Fazer o que lhe dá prazer. Por que nos esforçamos tanto para agradar a todos e muitas vezes nos esquecemos de nós? Quando foi a última vez que você leu um livro, que viu um bom filme, que fez uma massagem, andou descalço na grama, tomou sol? É preciso resgatar os pequenos prazeres como uma refeição bem saboreada, um banho demorado, uma boa noite de sono, praticar exercícios, enfim, fazer o que dá prazer, porque o prazer é o que nos mantém vivos e nos faz querer seguir adiante.
Claudinha, como é carinhosamente chamada por mim e outras amigas, tem um um blog delicioso onde mostra seu lado arteira e compartilha seus dotes. Quer conhecer? Passa lá.
20 comentários:
Ai, amiga, acordei mais cedo pra dar tempo de postar avisando sobre a entrevista lá no meu blog, antes de ir ao trabalho... mas vc madrugou mais ainda.
Estou emocionada! Muito obrigada pelo carinho de sua introdução. Acho que me expor desse jeito pode ajudar outras pessoas a entender que a depressão pode acontecer com qualquer um, mesmo com as pessoas "alto astral" e que ela tem cura, sim.
Um grande beijo pra vc.
Rosi, bom dia minha linda!
Não se preocupe, não deixo de passar aqui nem por um decreto lei! rs.
--
Que entrevista maravilhosa da Claudinha, já tinha lido ela comentando dessa fase na vida dela, mas não conhecia os detalhes. Deve ser uma barra notar que tudo em si própria está diferente, e que mesmo assim a vida não pára.
Interessante saber que existem várias outras alternativas de curas da depressão, fora o remédio taja preta, que em certas situações acho é até um mal à saúde e até ao psicológico.
Uma pessoa guerreira, que sempre correu a procura de seus propósitos.
Parabéns Rosi pela entrevista e a vc Claudinha, pela força que há dentro de vc.
Um abraço!
PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!!
Rosi, pq escolheu a entrevistada.
Claudia, principalmente Claudia, pela lição de vida e texto tão bem colocado!!!
Me identifiquei pra caramba com tudo que você disse. Já fiz terapia, me redescobri, sou perfeccionista, sou controladora, preciso voltar de tempos em tempos.
Acho que todos precisam de terapia. Duvido que exista alguém que saiba lidar 100% com suas emoções e consequências. E acho que todos passam por seus "instantes de depressão"
Ler histórias assim nos faz sentir normais, percebemos que não somos as únicas que sofremos.
Segundo a doutrina que acredito e sigo, a depressão é um estado que se instala quando estamos insatidfeitos com o rumo que a vida toma, quando percebemos que a situação fugiu ao nosso controle. Nos revoltamos e isso é a depressão. Essa revolta ao que sai diferente do planejado. Não sei se usei bem as palavras, mas a ideia é essa!!
Parabéns pela linda história de vitória e superação. Que esse estado de bem estar e conhecimento perdure.
Fez até eu ter vontade de me coçar de novo! ;))
Só que no momento a minha terapia tem sido a fotografia e acho até que ela tem dado conta! rs.
Bjks pras duas!
Beta
Rosi,
Adorei o tema, prestes a sair de férias, sinto que o mundo vai desabar, mas não pode ser assim né?
Me encaixei em muitas coisas ditas pela Claudia e acho que foi um sinal do destino eu ler hoje esta entrevista, afinal, se eu deixar as coisas caminharem sem meu controle, acabarei em depressão!
Beijos e parabéns pela entrevista.
Oi, Rosi!
Parabéns pela iniciativa de mostrar um pouco mais da Claudia. Eu acompanho o blog dela sempre.
Claudia,
Parabéns pela coragem de expor um assunto tão delicado. Minha mãe sofre de pressão há anos e sei muito bem como é conviver com esse problema. Vou pedir pra ela ler a sua entrevista.
Bjs.
Rosi,
parabéns pela escolha do tema e da entrevistas! Sem comentários... adoro o blog da Claudinha!
****
Clau,
Nossa! Ufa! Que depoimento! Estou emocionada, mas não posso demonstrar (porque estou no escritório). Vi várias das situações descritas em mim (sou super perfeccionista, me cobro muito, super independente desde criança e algumas coisas da sua crise - o descontentamento constante sem razão, cobrar demais as pessoas, ter crises de choro, perda de peso, gastrite nervosa crônica e enxaquecas). Estou fazendo terapia a 4 meses e também vejo muita melhora muito rápida. Mas demorei muito tempo para perceber que precisava cuidar de mim, antes de cuidar dos outros... apesar de não ser mãe, sempre tive um lado maternal e super a disposição de todos... Mas ainda tenho um belo caminho para percorrer!
Beijinhos e parabéns por compartilhar a experiência com todos!
Lele
Rosi, que entrevista! Claudia, sempre nos surpreendendo!
Mais uma vez me identifiquei com quase tudo, não cheguei ao fundo do poço, mas precisei de terapia para não caminhar ao que parecia inevitável: a depressão.
O pior é que não conseguimos enxergar que as cobranças absurdas não fazem o menor sentido. E queremos que os que estão a nossa volta se adequem àquele comportamento, e como bem disse a Caludia: "fazendo da vida dos que amamos, um inferno"
Aprender a dizer "não" e a receber um elogio foram as coisa mias difíceis. Parece coisa boba, mas é íncrivel perceber como a gente se diminui e se desvaloriza sem perceber. Tive que treinar mesmo através de exercícios diários a receber um elogio por exemplo e não minimizá-lo, pq tb tinha a tendência a não valorizar minhas conquistas.
E por fim, atravessar a barreira daqueles que parecem te preferir daquele modo, e que parecem insistir em te testar. Mas o bom é que o mesmo perfeccionismo que nos impele ao lado ruim da coisa, tb nos impele à nos superar.
É isso aí Claudia! Parabéns pela superação e pelo exemplo para nós que te admiramos.
Bjs, Elaine
Clau e Rosi, de coração estou muito emocionada com a entrevista de hoje.
Sabe Clau, o que eu acho mais bacana nisso tudo, é ver que as pessoas que estão por trás de um blog, onde a gente só sente as emoções através das palavras são de carne e osso, como eu, que estou lendo o que vocês escrevem todo dia.
Dividir isso com o mundo é tão importante, principalmente para alertar centenas de pessoas que sofrem caladas com esta doença.
Parabéns as duas.
E Clau, agora te admiro mais ainda.
Beijos nas duas bonitas!
Fla
Execelente entrevista!
Também vivo na batalha contra essa doença estúpida, que mina nossas forças, cria um preconceito e um estigma muito grande.
Hoje aceito com mais resignação. Há diabéticos, há hipertensos e há depressivos. Depressão é doença e deve ser tratada como tal. Não é frescura, muitas vezes não é visível e pelo fato de não ser visível cria um preconceito enorme.
Dou graças a Deus por existirem bons psiquiatras e psicólogos. Acho terapia essencial para qualquer pessoa, ainda mais se sofrer de doença mental. Sim, depressão é doença mental e dizer isso não desqualifica ninguém. Abandonemos a ignorância para poder buscar ajuda. A vida pode sim ter mais qualidade.
Parabéns, Cláudia. Você é realmente vencedora! Isso sim, é vitória.
Beijos
Rosi, obrigada por uma entrevista tao marcante !
Claudia,quanto mais te conheco,mais vejo como somos parecidas. Sao tantas coisas que um recadinho aqui nao seria o suficiente pra descrever.
saiba apenas que te admiro e que esta entrvista abriu os olhos e ajudou muitas pessoas a reconhecer este mal que aflige tantas pessoas.
Parabens a voce e a Rosi !
Rosi, parabéns pela escolha da entrevistada e Cláudia, obrigada por compartilhar com a gente algo tão importante e que, com certeza pode alertar muitas pessoas que estão na situação em que você esteve a enxergarem uma luz no fim do túnel. Beijos pras duas e um ótimo final de semana! Rosi, amei seu comentário no post da Vê hoje!
Rosi, como não passar por aqui? E que ótima supresa reservou p/hoje! Adoro a Claudinha e conhecer um pouco mais dela foi ótimo.
Claudinha,
Tenho depressão crônica, ou seja, de tempos em tempos ela retorna. Acredita que comecóu quando eu tinha 2 anos? Por é, só que meus pais não imaginaram q isso era possível e passei anos sem saber o q acontecia comigo. Dormia durante o turno todo no colégio, e sentia uma tristeza inexplicável. Comecei a fazer terapia há mais ou menos 6 anos atrás, quando fui trabalhar na ANVISA. Sou muito influenciada por ambientes e como o da ANVISA era carregado, passei os 4 anos de serviço lá com alterações de humor recorrentes. Com 9 anos desenvolvi uma doença psicossomática, psoríase, que ainda não tem cura, mas que sabem que tem como principal causa distúrbios emocionais. Então se fico muito feliz ou muito triste, lá vem as manchas pelo corpo, uma loucura! Bem recentemente passei por uma crise de depressão e escrever o blog me ajudou muito a superá-la mais rapidamente. Também me cobro muito e sempre acho que as pessoas não gostaram do que faço e me criticarão. Na realidade eu é que me auto-critico o tempo todo. Mas com a terapia tenho aprendido a trabalhar melhor este meu nível alto de exigência. Beijão, Fabi.
Claudia e Rosi,
A forma sincera, aberta, linear de expressar sentimentos não é tarefa fácil para muitas pessoas. As que conseguem, contudo, abrem a todos as demais a possibilidade de entender que colocar para fora é permitir conhecer-se por dentro.
A depressão é uma doença, um desequilíbrio neuroquímico que deve ser tratado. Às vezes, a medicação é fundamental; em outras circunstâncias, nos variados graus em que se apresenta, a psicoterapia tem o resultado desejado. Que nada mais é do que fazer-nos descobrir a chave da porta em que nos revelamos, inclusive imperfeitas.
Claudia....depoimento forte e revelador, mas na intensidade adequada para ser um desabafo e um alerta.
Rosi...entrevista excepcional.
bjss nas duas. Vê
Meninas, eu não tinha ideia de quantas pessoas tb passam ou passaram pela mesma situação. Confesso que quando a Rosi me abordou insinuando esse assunto, eu fiquei receiosa. Tinha medo, vergonha, sei lá o que, afinal a internet não é como conversar com uma amiga numa sala em particular... mas resolvi encarar o desafio. Foi mais fácil porque já passou. Mas sofri muito preconceito tb. Gente próxima achava que era frescura, que eu sempre fui alegre, que isso era uma fase. Que rezasse sei lá o que mais... como se a coisa fosse um drama da minha parte.
Eu sentia um sono inexplicável e pra piorar, com uma neném novinha, nunca conseguia dormir, isso me irritava muito...
Que bom que cosnegui me abrir e que meu testemunho tem ajudado outras a se revelar tb. Vendo que isso é um mal cada vez mais comum no ritmo de vida frenético que vivemos, é mais fácil superá-lo sem se sentir inferior ou um ET.
Tive sorte de não evoluir para distrúrbios piores e minha crise foi uma única isolada. Ao mesnos é o que eu penso, pois se tive outras antes nunca cheguei a diagnosticá-las...
A Verônica está certíssima quando resumiu a depressão num distúrbio neuro-químico. Às vezes é necessário tomar medicação sim. Não foi o meu caso, pois acho que tanto o nível em que me encontrava (no começo) quanto às várias terapias alternativas com que eu me envolvi dispensaram o uso de medicação alopática.
Esqueci de dizer que foi nessa época que eu comecei a fazer uso da homeopatia, hábito que uso até hoje.
Fabi, imagino como deve ser difícil para vc. Vc já tentou fazer uso de EFT? Essa técnica, tb conhecida como acupuntura emocional, pode resolver situações crônicas de ansiedade, medo, pânico, etc... O melhor é que ela é quase imediata. Bastam algumas sessões e pronto! Procura no google pra vc se inteirar. Vou te mandar uma apostila em pdf que eu tenho comigo.
Um abraço a todas e origada pelo apoio.
Adorei a entrevista!
Que bom que encontrou ajuda e está bem hoje Cláudia!! Você é um grande exemplo de superação e crescimento.
Beijos
Adorei a entrevista!!! a Claudia é o maximo!!! adorei!!
FELICIDADES PELO BLOG!!!!
Besitos desde o Chile
Alejandra
Ótima entrevista.
Muitas mulheres sofrem deste mal e nem se quer se dão conta.
Serve de alerta e ajuda.
Um ótimo fim de semana feriadão Rosi!
BjOkas querida.
Rejane.
Uma jura de amor nasce do peito
O querer vestiu-se de exaltação
Um olhar prende um sorriso sincero
Duas mão procuram a união
Seguem juntos rumo ao infinito
Habitam o Templo da imaculada ternura
Nesta peça ninguém morre, acaba bem
As deixas são engalanadas pela formosura
Queres viajar no para sempre...?
Doce beijo
Rosi, adorei a entrevista!
E Cláudia, parabéns por se expôr e contar um pouco sobre sua vida. Às vezes achamos que depressão só vem para as pessoas que passam por grandes traumas na vida, mas não é bem assim... Isso serve de alerta para todos nós!
Ah Rosi! Respondendo à pergunta sobre "Os Normais" achei o filme meio besteirol, mas dá para rir um pouquinho...rs
Bjs e bom feriado!
Ótima entrevista! Parabéns prás duas!
Claudia, uma lição viu? Parabéns por sua determinação, sua luta e sua vitória. Eu já tive depressão e estou sempre atenta pois tenho fibromialgia que dá uma tendência prá bichinha. Parei com remédios faz um tempo. Uma coisa que me fez muito bem na pior época foi a acupultura, muito bom mesmo. Você fez algo que falta a muit agente, tomou as rédeas da sua vida e sem medo procurou o que era melhor.
bejus prás duas :)
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